Por Marianna Parraga
(Reuters) - As exportações de petróleo da Venezuela se recuperaram em junho de uma queda acentuada no mês anterior, auxiliadas pelo aumento nos embarques à China, que agora é o principal destino dos produtos da petroleira estatal PDVSA, de acordo com dados da empresa e da Refinitiv Eikon.
A PDVSA e suas joint ventures exportaram 1,1 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo bruto e produtos refinados no último mês, uma elevação de 26% ante maio. Os compradores chineses receberam 59% dos carregamentos, seguidos pela Índia (18%) e por Cingapura (10%), apontaram os documentos.
Os dados de junho mostram que o país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), tem conseguido retomar os níveis de exportação que mantinha no início deste ano, depois de sanções impostas pelos Estados Unidos à PDVSA em janeiro, que visavam derrubar a receita da nação com petróleo.
Desde então, a PDVSA reorganizou seus negócios para manter as exportações petrolíferas, principal fonte de receita do país.
A PDVSA não respondeu a um pedido por comentários.
As exportações venezuelanas para a China têm crescido consistentemente desde as sanções, segundo os dados. Em fevereiro, o volume embarcado era de 233 mil bpd, tendo quase triplicado em junho, para 656 mil bpd. No entanto, as vendas da PDVSA para a Índia, outra grande recebedora, decaíram para 200 mil bpd, enquanto os embarques para a Europa permaneceram em cerca de 85 mil bpd nos últimos meses.
(Reportagem de Marianna Parraga)