Por Ana Mano
SÃO PAULO (Reuters) - A Associação Brasileira de Proteína Animal (Reuters) disse nesta quarta-feira que suas empresas associadas estão enfrentando dificuldades para enviar produtos à China pelo Porto de Xangai, conforme comunicado.
Segundo a entidade, que representa grandes processadores de carne suína e de frango como JBS (SA:JBSS3) e BRF (SA:BRFS3), afimrou que as cargas estão sendo redirecionadas para outros portos, como Yantian.
"Não há relatos de suspensão de vendas", disse o comunicado, referindo-se a rumores sobre possíveis cancelamentos de contratos.
"Ao mesmo tempo, as empresas associadas da ABPA esperam que a situação em Xangai volte ao normal em breve."
Medidas rígidas de lockdown após o início do surto de Covid-19 em março, que afetaram 25 milhões de residentes de Xangai, prejudicaram os negócios e a circulação de mercadorias.
Depois que o lockdown foi determinado, os contêineres de alimentos congelados começaram a recuar no porto, com as inspeções de entrada de carne interrompidas.
Xangai é o principal ponto de entrada das importações de carne brasileira para a China continental, que é o principal parceiro comercial do Brasil.
Na semana passada, a Reuters informou que pelo menos um armador havia parado de enviar carne brasileira para Xangai, oferecendo aos clientes a alternativa de enviar carga para Xingang e Ningbo.