HOUSTON (Reuters) - A Exxon Mobil (NYSE:XOM), maior petroleira com ações negociadas em bolsa do mundo, apresentou um lucro menor que o esperado no quarto trimestre nesta sexta-feira, devido à queda na produção e à fraqueza em suas operações de petroquímicos e refino, o que levou as ações da companhia a operar em queda de quase 6 por cento.
Mesmo com uma alta nos preços do petróleo após mínimas vistas no ano passado, o que ajudou as operações de produção da companhia, os braços petroquímico e de refino da Exxon tiveram problemas no trimestre, especialmente fora dos Estados Unidos.
A rara frustração de expectativas com o resultado da Exxon veio ao mesmo tempo em que a companhia viu sua geração anual de caixa de 2017 ser superada pela primeira vez pela rival Shell, segunda maior petroleira do mundo. A Shell produziu 6 por cento mais caixa que os 33,2 bilhões de dólares da Exxon no ano passado.
Mas, apesar dos problemas no exterior, a Exxon tem reforçado sua aposta em casa. A companhia, com sede em Irving, no Texas, disse mais cedo nesta semana que irá triplicar sua produção de "shale" na Bacia de Permiana para cerca de 600 mil barris de petróleo equivalente por dia até 2025, parte de um plano de investir 50 bilhões de dólares nos EUA após a reforma tributária assinada pelo presidente Donald Trump.
A Exxon apresentou um lucro líquido no quarto trimestre de 8,4 bilhões de dólares, ou 1,97 dólar por ação, ante 1,7 bilhão, ou 41 centavos de dólar, no mesmo período do ano anterior.
Excluindo a reforma tributária dos EUA, que gerou um benefício não-caixa para a companhia de 5,9 bilhões de dólares, e itens não-recorrentes, a Exxon lucrou 88 centavos de dólar por ação. Por essa medida, analistas esperavam lucros de 1,04 dólar por ação, segundo a Thomson Reuters.
A produção caiu 3 por cento, para 4 milhões de barris de petróleo equivalente por dia, com todos ganhos de produção no portfólio da companhia registrados nos EUA.
(Por Ernest Scheyder)