Por Marie Mannes
ESTOCOLMO (Reuters) - A fabricante de baterias de carros elétricos Northvolt planeja cortar 1.600 empregos em sua sede na Suécia, ou cerca de 20% de sua força de trabalho global, em meio a problemas de produção, demanda fraca e concorrência da China.
A líder em esforços para criação de uma indústria europeia de baterias para carros elétricos informou nesta segunda-feira que vai suspender os planos para uma grande expansão de fábrica em Skelleftea, no norte da Suécia.
Em uma tentativa de cortar custos, a Northvolt enxugou negócios este mês, afastando-se de sua missão original de ter um conjunto completo de produtos, desde produção de matéria-prima e fabricação de baterias até reciclagem no final da vida útil.
Com a Volkswagen (ETR:VOWG) entre seus proprietários, a Northvolt tem liderado uma onda de startups europeias que investiram bilhões de dólares na produção de baterias para atender às montadoras do continente na transição dos motores a combustão para elétricos.
Mas a empresa sueca tem enfrentado dificuldades. Problemas no aumento da produção levaram a BMW a retirar uma encomenda de 2 bilhões de dólares em junho.
O crescimento da demanda de veículos elétricos também é mais lento do que o setor projetava e a concorrência da China, que responde por 85% da produção global de células de bateria, é forte.
"Estamos determinados a superar os desafios que enfrentamos e a emergir mais fortes e mais enxutos", disse o cofundador e presidente-executivo da Northvolt, Peter Carlsson. "Agora precisamos concentrar toda a energia e os investimentos em nosso negócio principal."
A empresa não mencionou o que será dos planos para as fábricas na Alemanha e no Canadá, que correm o risco de serem adiados.