Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações do Facebook (NASDAQ:FB) caíam 0,4% às 13h15 (horário de Brasília) de segunda-feira, depois que o gigante das redes sociais decidiu interromper o Instagram Kids para criar primeiro ferramentas de controle parental para o aplicativo.
Por aqui, os BDRs da companhia (SA:FBOK34) tinham queda de 0,5%.
Há muito tempo a empresa é acusada de negligenciar os impactos que seus populares aplicativos têm sobre adolescentes mais jovens, uma afirmação contestada pela empresa. Portanto, o desenvolvimento de um app para um grupo de crianças ainda mais jovem vinha causando uma ansiedade ainda maior entre os pais, algo que a empresa agora afirma estar abordando.
De acordo com a empresa, ela estava desenvolvendo uma nova versão de seu popular app para enfrentar os desafios relacionados a crianças fingindo ser adolescentes. A empresa se baseava na capacidade do aplicativo de identificar a idade, uma funcionalidade explorada por crianças.
Agora, a companhia planeja dar aos pais controle sobre a forma como seus filhos usam o app. Enquanto isso, a empresa afirmou que irá "ouvir pais, especialistas, oficiais e reguladores para estar atento a suas preocupações e demonstrar o valor e a importância deste projeto para adolescentes mais jovens online hoje em dia".
"Acreditamos veementemente que é melhor que os pais tenham a opção de dar aos seus filhos acesso a uma versão do Instagram desenvolvida para eles, em que os pais podem supervisionar e controlar sua experiência, do que contar com a capacidade de um aplicativo em verificar a idade de crianças jovens demais para terem uma identidade", disse Adam Mosseri, chefe do Instagram, numa publicação de blog no website da empresa.
Mosseri disse que a nova versão do app não foi concebida para crianças mais jovens, mas para os chamados tweens (crianças com idade entre 10 e 12 anos). O aplicativo vai exigir permissão dos pais para o ingresso, não terá anúncios e contará com conteúdo e recursos adequados à idade, ele escreveu.
A iniciativa do Facebook surge após uma investigação profunda feita por jornalistas do Wall Street Journal, mostrando que o uso do Instagram estava causando problemas de alta ansiedade, saúde mental, imagem corporal e autoestima entre meninas adolescentes.
O WSJ afirmou que a empresa está "perfeitamente ciente de que os produtos e sistemas centrais para o sucesso do seu negócio são rotineiramente reprovados". Os documentos também mostram que o Facebook tem feito esforços mínimos para abordar estas questões e as minimiza ao em público, disse o artigo do WSJ.
Mosseri contestou as alegações do WSJ.