SÃO PAULO (Reuters) - O diretor de Relações Institucionais da Minerva (BVMF:BEEF3) Foods, João Sampaio, disse nesta quarta-feira que há pouca proatividade no Ministério de Relações Exteriores do Brasil, o que afeta as negociações do setor privado na abertura de mercados e abre margem para exigências de importadores.
"Temos dificuldade com o Itamaraty... falta ao Brasil essa situação proativa", afirmou ele, durante evento em São Paulo.
Segundo o executivo da maior exportadora de carne bovina da América do Sul, a velocidade dos processos de resposta do governo federal aos questionamentos dos importadores também é uma adversidade, assim como questões tributárias.
Ele explicou que o Poder Executivo conta com "excelentes quadros técnicos", mas há mais funcionários do que o necessário, o que torna o sistema pouco funcional.
"No setor público tem muita gente boa, mas por outro lado tem muita acomodação", enfatizou.
Sampaio ainda disse que parte dos serviços poderia se modernizar, com avanços em conectividade e digitalização, embora este também seja um problema que ocorre em outros países.
Não foi possível contatar imediatamente um representante do Itamaraty.
(Reportagem de Nayara Figueiredo)