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FECHAMENTO: Ibov sobe com defesa da Previdência nos atos pró-governo e Vale

Publicado 27.05.2019, 18:03
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Investing.com - O Ibovespa interrompeu a série de três pregões consecutivos no vermelho e inicia a última semana de maio em forte alta, buscando reverter a sina de encerrar o quinto mês do ano com perdas desde 2010. O volume negociado foi baixo, de R$ 7,9 bilhões, devido à baixa liquidez proporcionada pelos feriados nos EUA e na Grã-Bretanha.

A formação do preço dos ativos locais se baseou, praticamente, nos desdobramentos das manifestações favoráveis ao governo do presidente Jair Bolsonaro realizadas no domingo, embora declarações do presidente dos EUA Donald Trump sobre as relações comerciais com os chineses tenham amenizado as tensões desde que ameaçou e elevou tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações da China. Além disso, os recordes no preço do minério de ferro impulsionaram Vale e CSN, favorecendo a forte do principal índice acionário brasileiro.

O Ibovespa subiu 1,32% aos 94.864, com 89,39% dos papéis fechando no azul. No entanto, o índice opera com queda de 1,5% no mês. O dólar, por outro lado, subiu 0,48% a R$ 4,0352, influenciada pelas renovadas discussões sobre a probabilidade de o Copom reduzir a taxa básica de juros para impulsionar a economia. O IBGE, divulga, nesta quinta-feira, o PIB do primeiro trimestre, cujas projeções não são otimistas, com analistas projetando queda na atividade.

No exterior, os índices chineses subiram com expectativa de novo pacote de estímulos do governo chinês para impulsionar a economia, após o lucro industrial cair 3,7% em relação ao ano anterior, maior queda em três anos e meio. O índice Shanghai teve ganho de 1,38%, enquanto o SZSE Composite saltou 2,38%.

Na Europa, o Euro Stoxx 600, que reúne as principais ações do continente, teve uma liquidez reduzida por causa do feriado em Londres e subiu 0,21%. Os investidores ficaram, no entanto, atentos à proposta da Fiat-Chrysler de realizar uma fusão 50-50 com a Renault. As ações das duas empresas subiram mais de 10%. Caso a operação se confirme, será criada a terceira maior montadora do mundo, avaliada em US$ 35 bilhões.

A segunda-feira pós-manifestações

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu colocar número suficiente de pessoas nas ruas neste domingo em atos favoráveis ao seu governo para demonstrar que tem força política, apesar da queda da popularidade e do racha de sua base em apoiar as manifestações. Bolsonaro qualificou as manifestações como “históricas”, por ter levado às ruas pessoas defendendo pautas consideradas “impopulares”, como a reforma da Previdência.

Apesar de dizer que não participou da organização dos atos, o presidente compartilhou imagens em suas redes sociais, especialmente fotos que pressionavam parlamentares do Centrão a aderir a sua pauta, o que deve gerar mais atritos na relação do Congresso. Parlamentares, como o presidente da Câmara Rodrigo Maia, demonstram insatisfações quando seus nomes são criticados por apoiadores do presidente e o governo não os instrui a retroceder nas críticas.

Embora tenha havido muitas críticas ao Congresso e ao STF, os atos ficaram marcados como a defesa dos ajustes econômicos propostos pelo governo, pela reforma da Previdência e o pacote anti-crime do ministro da Justiça Sergio Moro. Os investidores locais avaliaram positivamente as manifestações, reforçada pela possibilidade de o Senado aprovar a MP da reforma administrativa retornando o Coaf sob a guarda da passa de Moro, um sinal de que o governo pode ter força para aprovar a reforma da Previdência próximo à proposta original que gere uma economia de R$ 1,2 trilhão em 10 anos. Como as lideranças partidárias demonstram simpatia para a realização da reforma, a pressão popular de apoiadores do presidente pode diminuir a capacidade dos parlamentares desidratar o texto original e, consequentemente, gerar menos economia.

Mesmo assim, o quadro continua complexo e as manifestações não retiraram a capacidade do governo de articular com os parlamentares. Além disso, vale ressaltar que quarta-feira tem outra manifestação contra o contingenciamento na educação. Caso repita os números alcançados das manifestações do último 15, a imagem que vai aparecer é de um país que continua polarizado e um governo com dificuldades de interlocução necessitar de mais tensionamento para sua avançar com sua agenda.

Principais eventos do exterior

O presidente Trump visita o Japão em viagem oficial de 4 dias . Trump não perdeu a oportunidade de pressionar o Japão a equilibrar o comércio entre os dois países, no qual os japoneses são superavitários. Cabe lembrar que o governo americano adiou a imposição de tarifas sobre automóveis, o que impactaria parcela da exportação do Japão.

A declaração mais importante foi sobre a relação com os chineses. Trump disse que pode elevar novamente tarifas sobre os produtos chineses, mas que um acordo pode ser celebrado em breve, o que animou os investidores. Vale ressaltar que Trump deve se reunir em um encontro bilateral com líder chinês Xi Jinping no mês que vem na reunião do G-20 no Japão.

Ações em destaque

- CSN (SA:CSNA3) avançou 5,63%, com potencial aumento de preço do aço ainda no radar do setor.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subiu 0,57% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) valorizou-se 1,45%, em meio à alta dos preços do petróleo no exterior. Além disso, o ministro Edson Fachin, do STF, concedeu liminar suspendendo vendas de ativos da estatal, incluindo da Transportadora Associada de Gás (TAG), negócio já efetivado. Também nesta segunda-feira, uma fonte disse à Reuters que a estatal estabeleceu 7 de junho como prazo para o envio de propostas não vinculantes por interessados na compra da Liquigás, braço de gás GLP.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) e BRADESCO PN (SA:BBDC4), em sessão em geral positiva para o setor de bancos, subiram 0,36% e 1,43%, respectivamente.

- VALE valorizou-se 3,89%, em linha com a alta dos preços do minério de ferro da China. Os preços da commodity têm subido diante de preocupações com a redução da oferta, após redução de atividades da Vale (SA:VALE3) em decorrência da queda da barragem da mineradora em Brumadinho (MG).

- CIELO caiu 4,35%, após a empresa de pagamentos informar na sexta-feira que desistiu da projeção de lucro para 2019 e reduziu a remuneração que distribuirá a acionistas, de até 100% para 30%, diante do cenário mais competitivo no setor.

*Com Reuters

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