Washington, 3 mar (EFE).- A presidente do Federal Reserve (Fed, banco central) dos Estados Unidos, Janet Yellen, indicou nesta sexta-feira que pode ser "apropriado" elevar as taxas de juros na próxima reunião da entidade nos dias 14 e 15 de março, e adiantou que o processo de ajuste monetário "provavelmente" será mais rápido em 2017 que nos dois anos anteriores.
"Em nosso encontro mais adiante este mês, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed avaliará se o emprego e a inflação continuam evoluindo segundo nossas expectativas e, se este for o caso, outro ajuste nas taxas de juros seria provavelmente apropriado", disse Yellen em uma conferência no Clube de Executivos de Chicago.
As taxas de juros se encontram atualmente nos EUA entre 0,5% e 0,75%, depois do aumento aplicado em dezembro de 2016.
Yellen acrescentou que, dada "a proximidade das metas do mandato (fomento do pleno emprego e inflação de 2% anual), e à revelia de novos eventos que possam piorar substancialmente as perspectivas econômicas, o processo de retirada do estímulo provavelmente não será tão lento como o que aconteceu em 2015 e 2016".
Nos dois anos anteriores, o Fed realizou apenas um ajuste monetário, respectivamente.
A taxa de desemprego nos EUA se encontra atualmente em 4,8% e a inflação fechou 2016 em 2,1%, a mais alta desde 2011.
As declarações da presidente do Federal Reserve surpreenderam por sua clareza e fizeram com que as probabilidades de um aumento nas taxas de juros em março tenham sido elevadas nos mercados financeiros, que dão agora 75% de possibilidades contra 50% do período anterior a seu pronunciamento.