(Reuters) - A montadora de carros ítalo-americana Fiat Chrysler (FCA) concordou em pagar centenas de milhões de euros à fabricante de carros elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) para permitir que veículos da Tesla sejam contabilizados em sua frota para evitar multas por violar novas leis de emissões da União Europeia.
A medida permitirá que a montadora italiana compense emissões de dióxido carbono de seus automóveis com as da Tesla, reduzindo a média de emissões do gás de efeito estufa a um nível permitido, segundo o Financial Times, que foi o primeiro a reportar o acordo.
A reportagem não menciona exatamente quanto a Fiat Chrysler concordou em pagar à Tesla. A Tesla não respondeu a um pedido de comentário neste domingo.
A fabricante de carros elétricos arrecadou mais de 1 bilhão de dólares nos três últimos anos ao vender créditos de emissão nos Estados Unidos, de acordo com seu relatório anual apresentado à Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos. Regulamentações permitem que uma fabricante de veículos de emissão zero ganhe créditos e venda os excedentes a outras fabricantes.
No passado, os créditos reforçaram os lucros da companhia de Palo Alto, Califórnia, permitindo que ela registrasse lucro trimestral quando, na verdade, teria prejuízo.
Recentemente, a Tesla começou a entregar seu novo Model 3 para mercados internacionais na China e Europa. No entanto, as entregas da companhia caíram no primeiro trimestre, uma vez que teve dificuldades com esses pedidos devido a tempos mais longos de trânsito.
A Fiat Chrysler formou um pool aberto com a Tesla em 25 de fevereiro, reportou o Financial Times, citando uma declaração à Comissão Europeia.
Na declaração, a Fiat Chrysler não citava diretamente o montante que pagará, mas acrescentou que isso "otimizará as opções de observância oferecidas pelas regulações".
"A FCA está comprometida a reduzir as emissões de todos nossos produtos. O pool de compras oferece flexibilidade para entregar produtos que nossos clientes estão dispostos a comprar, enquanto gerencia a adequação com o menor custo possível", acrescentou a montadora em sua declaração.
(Reportagem de Stephanie Kelly em New York e Kanishka Singh e Mekhla Raina em Bangalore)