Investing.com - A Fibria (SA:FIBR3) informou ao mercado nesta terça-feira (30), em reposta à notícia de uma eventual venda da companhia, desconhecer qualquer negociação da venda da empresa para a Paper Excellence. Na jornada de ontem, na B3, as ações da fabricante brasileira de papel e celulose tiveram ganhos de 5,23% a R$ 55,35.
A companhia prestou esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a notícia publicada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, de que o BTG Pactual (SA:BPAC11) estaria com um mandato da Paper Excellence para adquirir a Fibria.
Além disso, a companhia informou que inquiriu seus acionistas controladores, Votorantim S.A. e BNDES Participações S.A. – BNDESPar, solicitando esclarecimentos acerca da notícia veiculada, e estes comunicaram que, neste momento, não possuem qualquer informação relevante para prestar sobre o assunto.
Ontem, após o fechamento do mercado, a Fibria relatou que teve lucro líquido de 280 milhões de reais no quarto trimestre de 2017, ante prejuízo de 92 milhões de reais um ano antes, quando foi afetada por queda nos preços da commodity e desvalorização do dólar.
As ações da companhia, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, encerraram em alta de mais de 5 por cento diante de notícia sobre consolidação no setor. A empresa citou expectativa de aumento gradual na oferta de celulose nos "primeiros meses de 2018", mas avaliou que o mercado global deve continuar equilibrado por conta da demanda forte em todos os mercados, em especial na China.
"O desempenho positivo da demanda chinesa será ancorado pela entrada em operação de novas máquinas de papel, possíveis fechamentos de fábricas ineficientes e o impacto da redução das licenças para importação de papel reciclado...além da continuidade de um cenário de estoques reduzidos nas mãos dos produtores locais", afirmou a Fibria no balanço trimestral.
O resultado foi publicado alguns dias após a Fibria anunciar novo aumento de preços da celulose para Europa, América do Norte e Ásia válido a partir de fevereiro.
A Fibria informou no balanço que tem investimento aprovado em 2018 de 3,7 bilhões de reais, queda de cerca de 21 por cento ante 2017, quando a estava finalizando a construção da nova linha de produção no Mato Grosso do Sul. Do projetado para este ano, 444 milhões serão destinados às novas instalações no MS.
A companhia registrou no quarto trimestre geração de caixa medida pelo lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 1,981 bilhão de reais, crescimento de 146 por cento na comparação anual. O avanço foi motivado por aumento de 36 por cento no preço médio líquido da celulose em dólar e expansão do volume de vendas, que cresceu 20 por cento sobre o quarto trimestre de 2016, a 1,897 milhão de toneladas. Na comparação com o trimestre anterior, o volume vendido subiu 29 por cento.
A Fibria produziu 36 por cento mais celulose no quarto trimestre do que um ano antes, crescimento apoiado na entrada em operação em setembro da nova linha de produção no Mato Grosso do Sul. A nova linha, chamada de "Horizonte 2", teve produção de 435 mil toneladas nos três últimos meses do ano passado.