Investing.com - As exportadoras de papel e celulose lideram novamente os ganhos da Bovespa nesta quinta-feira com a possível fusão entre Suzano e Fibria no radar, além do anúncio de reajuste no preço da celulose.
A Suzano (SA:SUZB5) renova as máximas de 20 meses no pregão de hoje ao tocar nos R$ 17,92 logo após a abertura. O ativo se aproximou do patamar de R$ 18 que não rompe desde janeiro de 2016, quando a disparada do dólar em meio ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff empurrava as ações das exportadoras.
Às 12h, o papel preferencial da Suzano era negociado a R$ 17,70, ganhos de 3,5%, o maior em um dia predominantemente negativo no Ibovespa.
A Fibria (SA:FIBR3) avança 3% e é vendida a R$ 39,34, maior valor em 17 meses, negociada acima dos R$ 40,00 pela última vez em março de 2016, ainda sobre o efeito do dólar acima dos R$ 4, que levou o papel meses antes ao recorde histórico de R$ 55,06.
Hoje a Suzano anunciou aumento no preço da celulose a partir de 1 de setembro, acompanhando movimento semelhante já adotado pela Fibria na semana passada.
A Suzano vai elevar os preços para US$ 1.100 a tonelada na América do Norte, US$ 910 a tonelada na Europa e US$ 720 a tonelada na Ásia.
Ontem, notícia do Valor Econômico de trouxe a fala do presidente da Suzano, Walter Schalka, que se mostrou favorável à fusão com a Fibria. “Minha opinião é que a fusão com a Fibria cria valor e os acionistas da Suzano têm posição pró geração de valor. A Suzano está pronta para discutir eventual operação", informou o jornal.
Já o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, foi menos direto ao dizer que quatro seria um número ideal de concorrentes globais em um ambiente de estabilidade de preços da fibra.
A discussão sobre uma possível fusão entre as duas gigantes do setor vêm em meio ao processo de venda da Eldorado, produtora do grupo J&F. Segundo o Valor, além da chilena Arauco, a Asia Pulp & Paper conversa com sobre uma possível aquisição da empresa.