SÃO PAULO (Reuters) - O financiamento imobiliário com recursos da poupança deve voltar a crescer em 2018, apoiado por juros menores e da recuperação da economia brasileira, após uma queda acumulada ao redor de 60 por cento nos últimos três anos, afirmou nesta terça-feira a entidade que representa as financiadoras de imóveis.
O volume financiado em dezembro com recursos da poupança (SBPE) caiu 31,6 por cento sobre um ano antes, informou a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Com isso, o crédito no setor fechou 2017 em 43,15 bilhões de reais, consolidando uma queda de 7,4 por cento contra o ano anterior.
“Felizmente parece que estamos deixando esse período para trás”, afirmou o presidente da Abecip, Gilberto de Abreu Filho. Em 2015 e em 2016, o setor registrou quedas de 33 e de 38,3 por cento, respectivamente.
A previsão da Abecip é de que a combinação de juro básico na mínima histórica, expansão dos volumes da caderneta de poupança e leve recuperação dos níveis de emprego permitirá ao setor ter uma alta de 10 por cento do crédito imobiliário pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) neste ano.
“Já faz tempo que não temos um conjunto tão favorável de indicadores para o setor”, disse Abreu Filho a jornalistas.
Para financiamentos imobiliários com recursos do FGTS, a previsão da Abecip é de que o volume de desembolsos cresça ao redor de 19 por cento neste ano.
(Por Aluísio Alves)