A CGU (Controladoria Geral da União) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) acesso aos dados de conversas de WhatsApp do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). O órgão também quer acesso aos depoimentos prestados pelo militar no acordo de delação premiada. As informações são da CNN Brasil.
A Controladoria tem como objetivo analisar um possível envolvimento de funcionários públicos nos episódios de fraude no cartão de vacina do ex-presidente e na suposta entrada irregular de joias da Arábia Saudita no Brasil. Ambos os casos estão investigados. A defesa do ex-presidente nega as acusações contra o ex-chefe do Executivo.
O pedido de acesso foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, com a assinatura do ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho.
No pedido enviado ao STF, a CGU pediu os diálogos de WhatsApp de Cid com ex-integrantes do governo e ex-assessores de Bolsonaro. Um dos nomes da lista é o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.
Segundo o ministro, o pedido se faz “necessário” por ser “fundamental tomar as medidas cabíveis” contra funcionários públicos que possam estar envolvidos.
A CGU quer acesso às mensagens trocadas por Cid com:
- Júlio Cesar Vieira Gomes – ex-secretário da Receita Federal;
- Bento Albuquerque Júnior – ex-ministro de Minas e Energia;
- José Roberto Bueno Junior – ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia;
- Christian Vargas – ex-chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do Ministério de Minas e Energia;
- Marcelo da Silva Vieira – ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência;
- Marcelo Costa Câmara – assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- Sergio Rocha Cordeiro – assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- Marcelo Costa Câmara – assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- Max Guilherme Machado de Moura – assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
- Luis Marcos dos Reis – ex-servidor comissionado no Ministério do Turismo;
- Eduardo Crespo Alves – militar da ativa.