(Reuters) - A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou nesta segunda-feira que dados indicam melhora em algumas das métricas para se avaliar a nota de crédito do Brasil, mas que as reformas estruturais, ainda cruciais para o equilíbrio das contas públicas, continuam sendo um desafio diante do cenário político incerto.
"Amplos déficits fiscais e incertezas sobre as reformas, destacadamente em relação à Previdência, continuam a pesar sobre o perfil de crédito soberano do Brasil", afirmou a Fitch em nota assinada pela diretora sênior Shelly Shetty.
A agência destacou o cenário de incereza política mas também a votação da reforma da Previdência, prevista para acontecer na semana do dia 19, afirmando considerar essa questão uma condição importante para a melhora da flexibilidade das finanças públicas.
"Se a reforma da Previdência não avançar antes da eleição, a pressão para implementar medidas para confrontar os desafios fiscais estruturais crescerão, tornando a orientação da próxima administração ainda mais importante", completou a Fitch na nota.
A Fitch manteve em novembro o rating soberano brasileiro em "BB (SA:BBAS3)", com perspectiva negativa.