Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Fracasso de venda do Twitter é 'balde de água fria' em bancos

Publicado 12.07.2022, 05:24
Atualizado 12.07.2022, 10:19
© Reuters Fracasso de venda do Twitter é 'balde de água fria' em bancos

Grandes bancos americanos vão deixar de ganhar milhões de dólares com a desistência de Elon Musk de comprar o Twitter Inc (NYSE:TWTR) (BVMF:TWTR34) por US$ 44 bilhões, oferta realizada pelo bilionário em abril deste ano. Desde então, a negociação foi cercada por uma série de polêmicas, até a última sexta-feira, 8, quando o empresário anunciou a decisão de interromper a negociação. A rescisão do contrato, um dos mais rentáveis dos últimos anos, ocorre em meio a um momento de baixa no mercado de capitais dos Estados Unidos. E esta não é a primeira vez que o magnata deixa grandes instituições financeiras de mãos abanando, mas, por ser o homem mais rico do mundo, é pouco provável que sofra retaliações.

Dono da Tesla (NASDAQ:TSLA) (BVMF:TSLA34), fabricante de veículos elétricos, e da SpaceX, que oferece serviços espaciais, Musk tem um patrimônio estimado em US$ 237,9 bilhões, ou cerca de R$ 1,25 trilhão, de acordo com ranking da revista Forbes. É mais do que os ativos totais do Santander Brasil (BVMF:SANB11), maior banco estrangeiro no País.

A lista de bancos envolvidos nas tratativas com o Twitter tinha grandes nomes: o Morgan Stanley (NYSE:MS) assessorava Musk, e o Goldman Sachs (NYSE:GS), o Twitter. Participavam ainda os americanos JPMorgan (NYSE:JPM), Bank of America (NYSE:BAC) e Allen & Co, além do britânico Barclays (LON:BARC). A comissão que receberiam pelo negócio, o chamado fee no jargão do mercado financeiro, era estimada em US$ 191,5 milhões, conforme dados da consultoria britânica Refinitiv. Considerando o câmbio atual, mais de R$ 1 bilhão.

A compra do Twitter por Musk resultaria na maior comissão a ser recebida por bancos de investimento neste ano, que tem sido marcado por uma baixa dos negócios em Wall Street, com a subida de juros nos EUA e a guerra na Ucrânia. A cifra também seria a mais elevada desde 2020, segundo a Refinitiv. No entanto, os banqueiros só colocariam a mão na bolada após o fim da transação.

A conclusão das negociações com o Twitter teve efeito negativo nas ações da companhia. Os papéis fecharam em queda de 11,4%, cotados a US$ 32,65 na Bolsa de tecnologia Nasdaq.

Bastidores

Cheio de idas e vindas, o negócio foi desfeito porque certos dados fornecidos pelo Twitter não agradaram à equipe de Musk. O empresário notificou, então, a companhia de que havia desistido da operação em documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC, que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos).

Desde que havia iniciado as conversas com sua rede social favorita, o empresário vinha pregando mais liberdade de expressão na plataforma e também um tom mais "leve", semelhante ao visto no app chinês TikTok.

O drama, porém, ainda não acabou. Os donos da rede social contrataram o escritório norte-americano Wachtell, Lipton, Rosen & Katz, especializado em grandes fusões, para processar o bilionário por abandonar o acordo.

De qualquer forma, a rescisão do contrato acaba com as esperanças de curto prazo dos bancos. O Goldman Sachs, por exemplo, receberia US$ 80 milhões após o fechamento da venda do Twitter. Sem o acordo, essa cifra cai para US$ 15 milhões, também conforme a Refinitiv. Já o JPMorgan pode ficar com apenas US$ 5 milhões, ante US$ 53 milhões que esperava receber.

Esta não é a primeira vez que Musk desiste de grandes operações, deixando os bancos a ver navios. Há quatro anos, o bilionário recorreu ao seu perfil no Twitter para anunciar que tinha "financiamento assegurado" para tornar a Tesla uma empresa de capital fechado. O movimento não saiu e Musk teve ainda de arcar com uma multa de US$ 40 milhões imposta pela SEC para indenizar investidores que se sentiram prejudicados.

Aproximação

O negócio com o Twitter, ainda que desfeito, também contribuiu para aproximar os banqueiros de Wall Street de Musk. Durante as tratativas, ele participou da conferência anual do norte-americano Allen & Co, um dos assessores do negócio, dando grande visibilidade ao evento - apesar de ele não ter respondido a questões sobre o Twitter na ocasião.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

E como previsto, era outro blefe de Musk para movimentar suas posições em ações.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.