Londres, 16 ago (EFE).- A fragata britânica HMS Westminster, que realizará manobras militares no Mediterrâneo, deve chegar a Gibraltar na próxima segunda-feira, disse nesta sexta-feira à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa do Reino Unido.
Segundo o Governo do país, está previsto que a embarcação de guerra da Força Naval britânica, que zarpou de Portsmouth (Inglaterra) na terça-feira, atraque no porto de Gibraltar na segunda-feira, "por volta das 5h (horário de Brasília)".
O navio chegará em pleno conflito diplomático entre Londres e Madri, que há três semanas mantêm uma tensa troca por suas diferentes posturas sobre a situação em Gibraltar.
Os outros dois navios auxiliares que acompanharão o HMS Westminster em sua escala na colônia britânica, o Mounts Bay e o Lyme Bay, chegarão a esse destino "posteriormente", de acordo com o porta-voz oficial britânico, que não forneceu mais detalhes.
A fragata, um navio de combate de 133 metros de comprimento e 4.900 toneladas capaz de transportar mísseis, iniciou seu trajeto depois que três navios de guerra britânicos partiram do Reino Unido no dia anterior para participar de uma missão militar anual conhecida como "Cougar 13".
Essa operação era planejada há tempos e tinha sido informada à Espanha, segundo Londres.
Além desses quatro navios de guerra, compõem o resto da frota cinco navios auxiliares que atracarão ao longo destes exercícios rotineiros em portos da Espanha, Portugal, Turquia e Malta, antes de se deslocarem para o Oriente Médio, com milhares de militares a bordo.
O desdobramento de nove navios da Força Naval do Reino Unido coincide com o conflito diplomático que há três semanas Londres e Madri mantêm pela situação em Gibraltar.
Na fronteira de Gibraltar, foram registradas longas filas por causa dos controles impostos pela Espanha, depois do vazamento de 70 blocos de concreto nas águas que rodeiam a colônia britânica por parte das autoridades gibraltarinas.
Londres anunciou que estuda adotar possíveis "ações legais" contra a Espanha pela persistência dos controles ao sustentar que têm "uma motivação política" e são "totalmente desproporcionais".
A Espanha mantém que os controles impostos no Penhasco são "proporcionados" e "legais" pois Gibraltar não pertence ao espaço Schengen e que têm a finalidade de evitar o contrabando e o transito ilícito. EFE