A França quer que a Apple (NASDAQ:AAPL) pare de vender o iPhone 12, afirmou uma agência regulatória nacional nesta terça-feira, 12, de acordo com a Associated Press. A reclamação do órgão é de que o aparelho emite níveis de radiação eletromagnética que estão acima dos padrões de exposição aprovados pela União Europeia. A Apple contestou as conclusões e disse que o dispositivo está em conformidade com os regulamentos.
A Agência Nacional de Frequências, órgão do governo francês que gerencia configurações de comunicação sem fio, emitiu a ordem depois que o iPhone 12 foi reprovado em um dos dois tipos de testes de ondas eletromagnéticas capazes de serem absorvidas pelo corpo. Não está claro por que o telefone, que foi lançado no final de 2020, não passou na última rodada de testes da agência e por que foi apenas esse modelo específico.
Na terça-feira, a agência pediu que a Apple implementasse "todos os meios disponíveis para corrigir rapidamente esse mau funcionamento" dos telefones já em uso e disse que iria monitorar as atualizações dos dispositivos. De acordo com o órgão, caso essas atualizações não resolverem o problema, a Apple terá de recolher os aparelhos que já foram vendidos.
Apesar disso, o órgão afirmou que os níveis de radiação do iPhone 12 ainda são muito mais baixos do que os níveis considerados prejudiciais e reconheceu que seus testes não refletem o uso típico do telefone.
A Apple disse que o iPhone 12 foi certificado por vários órgãos internacionais e está em conformidade com todos os regulamentos e padrões aplicáveis à radiação em todo o mundo. A companhia americana também afirmou que forneceu à agência francesa vários resultados de laboratório realizados pela empresa e por laboratórios terceirizados que comprovam a conformidade do telefone.
A agência testou recentemente 141 telefones celulares e descobriu que, quando o iPhone 12 é segurado na mão ou carregado no bolso, seu nível de absorção de energia eletromagnética é de 5,74 watts por quilograma, superior ao padrão da UE de 4 watts por quilograma.
O telefone foi aprovado em um teste separado de níveis de radiação para dispositivos mantidos em uma jaqueta ou em uma bolsa, informou a agência.
Não está claro por que esse modelo específico parece emitir uma radiação mais alta, mas "pode estar associado ao estágio inicial da conexão, quando o telefone está 'procurando' um sinal de transmissão/recepção", afirmou a Agência Nacional de Frequências. (COM AP)