No Tribunal Distrital dos EUA no Brooklyn, Nova York, os promotores acusaram Carlos Watson, cofundador da agora extinta Ozy Media, de cometer uma "fraude maciça" ao enganar os investidores sobre a saúde financeira da empresa.
Durante os argumentos finais do julgamento de fraude de Watson na quarta-feira, a promotora Gillian Kassner afirmou que Watson estava ciente do status de falha da Ozy Media, mas continuou a deturpar sua situação de receita e dívida em um esforço para reforçar a imagem da empresa.
Watson e Ozy Media enfrentam acusações de fraude de valores mobiliários e conspiração de fraude eletrônica, para as quais ambos se declararam inocentes. As alegações incluem a falsificação de informações financeiras e tamanho do público, bem como a fabricação de contratos e a inflação de projeções de lucros, tudo supostamente feito para atrair investimentos sob falsos pretextos.
O julgamento contou com depoimentos de Samir Rao e Suzee Han, dois dos ex-principais assessores de Watson na Ozy, que se declararam culpados de acusações de fraude e conspiração em fevereiro de 2023 e testemunharam contra Watson.
O caso da promotoria destaca o rápido desmoronamento da Ozy Media, que garantiu mais de US $ 70 milhões de investidores com a promessa de fornecer notícias inteligentes para um público jovem e diversificado.
O colapso da empresa foi precipitado por relatórios investigativos de setembro de 2021, que lançaram dúvidas sobre as métricas de audiência e a situação financeira da Ozy. Esses relatórios também revelaram um incidente em que Rao se passou por um executivo do YouTube durante uma ligação com investidores.
Watson, que foi preso em fevereiro de 2023 após a confissão de culpa de Rao, admitiu que a falsificação de identidade ocorreu, mas atribuiu as ações de Rao a uma crise de saúde mental.
Durante sua defesa, Watson testemunhou que Ozy havia sido alvo de uma campanha de difamação por concorrentes e criticou o foco dos promotores federais do Brooklyn em sua empresa com sede na Califórnia. Ele foi notavelmente reticente sob interrogatório sobre os números inconsistentes de receita da Ozy e, quando pressionado a esclarecer os ganhos reais da empresa, ele hesitou, afirmando que os números eram baseados em um "entendimento diferenciado" da indústria de mídia e acordos informais com parceiros e anunciantes.
Os argumentos finais da defesa ainda estão pendentes à medida que o julgamento se aproxima de sua conclusão.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.