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Fundo Elliot propõe à EDP alternativas a oferta pública da chinesa CTG

Publicado 14.02.2019, 12:40
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Por Sergio Goncalves

LISBOA (Reuters) - O fundo norte-americano Elliot anunciou que propôs à elétrica portuguesa EDP Energias de Portugal uma alternativa que considera mais favorável que uma oferta pública de aquisição da companhia apresentada pela China Three Gorges.

Apesar de respeitar o papel da CTG como maior acionista da EDP, o fundo disse não considerar que a oferta dos chineses seja do melhor interesse dos stakeholders da empresa e sugeriu que a elétrica europeia foque em renováveis e vendas de ativos para cortar dívida e estimular o investimento.

O fundo, um investidor ativista que passou a ser acionista da EDP em outubro e agora tem 2,9 por cento da empresa, ressaltou avaliar que "a estagnação da oferta (apresentada pela CTG) teve como efeito prático impedir o crescimento da EDP, o que originou má performance do valor das ações da EDP relativamente às outras empresas do setor".

Na opinião do Elliot, a oferta pública de aquisição da CTG, lançada em junho de 2018, deixaria a EDP mais fraca, com porfólio menos atraente e com menores oportunidades de crescimento".

"Acreditamos que o atual impasse pode ser superado... Esperamos que as nossas sugestões - partilhadas com o mais vasto conjunto de participantes no mercado - possam gerar o impulso necessário para a EDP traçar um novo caminho à frente", disse o Elliot em carta ao Conselho Geral e de Supervisão da EDP e ao Conselho de Administração.

O fundo considera que a EDP tem ativos de alta qualidade, ainda que desvalorizados, e quer transformá-la numa "elétrica ideal", focada em suas áreas 'core', como renováveis, e com menor alavancagem e maior capacidade de investir para crescer.

A EDP é um importante investidor no setor de renováveis europeu, além de contar com ampla presença nos EUA e uma forte operação no Brasil. O Estado chinês é o maior acionista da EDP, com 28 por cento do capital, através de 23 por cento detidos pela CTG e de 5 por cento da CNIC.

VENDA DE ATIVOS

Em uma apresentação sobre sua proposta, o Elliot projeta que a EDP poderia obter 7,6 bilhões de euros com vendas de ativos, o que incluiria a venda dos 51 por cento que detém na EDP Brasil (SA:ENBR3) por 2,3 bilhões de euros, de alguns ativos de geração térmica, por 1,7 bilhão de euros, e de uma posição minoritária de 49 por cento em distribuição de eletricidade na Ibéria.

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Essa otimização do portfólio permitiria à empresa investir 3,5 bilhões de euros "para acelerar o investimento em projetos de alto retorno de renováveis, adicionando cerca de 3,5 gigawatts em capacidade extra no curto prazo". O fundo também sugere uma recompra de ações de 1,2 bilhão de euros.

A estratégia, segundo o Elliot, permitiria reduzir o endividamento em 2,8 bilhões de euros, levando a alavancagem para uma relação de 3 vezes entre geração de caixa e dívida líquida em 2020, ante 4 vezes nas estimativas para 2019.

A oferta da CTG para comprar a EDP e sua subsidiária EDP Renováveis foi rejeitada por ambas as empresas. O negócio envolveria 3,26 euros e 7,22 euros por ação, respectivamente.

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