RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) marcou para terça e quarta-feira reuniões do Conselho Deliberativo para avaliar resposta da Petrobras (SA:PETR4) ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e definir próximos passos da campanha reinvindicatória, informou a entidade em seu site.
Sindicatos e Petrobras tinham até esta segunda-feira para responder ao TST sobre proposta de acordo para o período 2019-2020 feita pelo órgão. O tribunal está mediando as negociações há cerca de um mês, após ter sido acionado pela petroleira diante de um impasse com a categoria.
A FUP, que representa grande parte dos funcionários da Petrobras, pediu na semana passada ao tribunal mudanças na proposta relacionadas a horas extras, reajuste do plano de saúde, promoção por antiguidade, mensalidade sindical, dentre outras.
A Petrobras ainda não se manifestou publicamente sobre o tema. Questionada se havia respondido ao TST nesta segunda-feira, a empresa afirmou que não iria comentar.
Nas reuniões marcadas para os próximos dois dias, a FUP e seus 13 sindicatos filiados também devem decidir como responder ao TST sobre oficio enviado pelo tribunal nesta segunda, dando prazo de dois dias para que os sindicatos respondam se pretendem submeter a proposta de acordo feita pelo órgão às assembleias.
Caso as entidades sindicais respondam positivamente, deverão esclarecer o prazo necessário para que as assembleias sejam feitas e para a apresentação de resposta quanto ao resultado.
O atual ACT 2017/2019 foi prorrogado por 30 dias a partir de 1º de setembro. Sem a medida, o acordo teria terminado no fim de agosto.
A federação espera que o acordo seja novamente estendido para que as negociações possam continuar.
A FUP também informou que os petroleiros terão atos em todo o país em 3 de outubro contra a privatização da empresa.
(Por Marta Nogueira)