A FUP (Federação Única dos Petroleiros) propôs na 4ª feira (11.out.2023) que os petroleiros recusem a 2ª contraproposta de acordo coletivo de trabalho da Petrobras (BVMF:PETR4). Segundo a organização, a sugestão da estatal de reajustar os salários em 1% acima da inflação não agrada a categoria, que pede um aumento mínimo de 3%.
Além do ganho real de 3%, os petroleiros reivindicam mais 3,8% de reposição de perdas passadas e equiparação entre as tabelas salariais da Petrobras e das subsidiárias. A 1ª proposta recusada oferecia apenas uma equiparação com a inflação de 2022 a 2023. Eis a íntegra da nota da FUP (PDF – 105 KB).
“A reconstrução do sistema Petrobras passa necessariamente pela valorização dos petroleiros e pela humanização das relações de trabalho. O indicativo para as assembleias, portanto, é de rejeição da 2ª contraproposta”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
A federação também defende que, além do aumento salarial, a Petrobras aumente os benefícios da categoria. Deseja, por exemplo, que os petroleiros tenham tratamento psiquiátrico e psicológico custeado integralmente pela empresa.
A decisão de aceitar a proposta da Petrobras ainda será debatida em assembleias que ocorrerão ao longo de outubro. Caso os petroleiros decidam não aceitar o reajuste e a companhia não apresente uma contraproposta satisfatória até o final do mês, a categoria já informou que formulou um calendário de paralisações, com início em 27 de outubro.
Leia abaixo o calendário de paralisações:
- 27.out – operações de refino e em usinas termoelétricas;
- 30.out – subsidiárias da Petrobras;
- 31.out – operações de exploração e produção.