🥇 Primeira regra do investimento? Saiba economizar! Até 55% de desconto no InvestingPro antes da BLACK FRIDAYGARANTA JÁ SUA OFERTA

Furnas, da Eletrobras, é suspensa de leilões da Aneel; diz que vai recorrer

Publicado 24.07.2018, 17:35
© Reuters.  Furnas, da Eletrobras, é suspensa de leilões da Aneel; diz que vai recorrer
ELET3
-

(Reuters) - Maior subsidiária da estatal Eletrobras (SA:ELET3), Furnas está proibida de participar por um ano de leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), como licitações para novos projetos de geração e transmissão, devido a atrasos na entrega de uma série de empreendimentos eólicos.

A decisão, tomada em reunião da diretoria colegiada do órgão regulador nesta terça-feira, vem em um momento em que a companhia já tem ficado de fora dos leilões devido a dificuldades financeiras e a discussões em andamento sobre planos do governo federal para privatizar a Eletrobras.

Procurada, Furnas informou por meio de nota que irá recorrer da decisão, "por entender que o atraso dos parques se deu por fatores alheios à sua vontade, como a falência da Impsa, empresa fornecedora dos aerogeradores".

Além disso, declarou que a não entrada em operação desses empreendimentos não irá causar prejuízos ao setor ou aos consumidores.

Diretores da Aneel chegaram a lamentar a punição, aplicada após um consórcio liderado por Furnas falhar em entregar uma série de empreendimentos eólicos no Rio Grande do Norte contratados em uma licitação de 2013. Os projetos tiveram as autorizações revogadas pela agência devido ao atraso, com aplicação de multa.

"Claro que, com toda uma tradição no setor elétrico, o Grupo Eletrobras é bem-vindo e faz falta em um processo licitatório. Mas, infelizmente, o passado não credencia para o futuro", afirmou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

Ele adicionou que, principalmente no setor de transmissão de energia, existe uma concentração "absurda" de atrasos em projetos liderados pela Eletrobras e suas subsidiárias, como Furnas, Chesf, Eletrosul e Eletronorte.

O diretor da agência reguladora também lembrou que as empresas da Eletrobras não têm participado das últimas licitações para novos projetos de geração e transmissão e que isso não tem impedido a obtenção de resultados favoráveis aos consumidores.

Os últimos leilões para novas usinas de geração de energia, no final do ano passado e em abril, resultaram nos menores preços finais já registrados no histórico.

Já o último pregão para concessões de transmissão, em junho, teve o melhor resultado da história para o segmento, com a competição entre investidores levando a um desconto recorde nos custos que os consumidores terão com os novos projetos viabilizados.

"Nos últimos leilões, as estatais não estiveram presentes e tivemos ainda assim uma presença bastante intensa, inclusive com deságios bastante significativos. É bem-vinda, sem dúvida nenhuma, a participação de Furnas, como das demais empresas, mas tão importante quanto participar é entregar o que foi contratado", apontou Rufino.

Segundo um levantamento da Aneel, Furnas deveria ter colocado em operação 56 empreendimentos de geração nos últimos dez anos, mas apenas 23 por cento deles entraram efetivamente em funcionamento. Quase 9 por cento estão com atrasos, enquanto quase 70 por cento foram revogados ou estão em processo de revogação.

No caso dos parques eólicos no Rio Grande do Norte, que somariam cerca de 280 megawatts em capacidade, a Aneel ainda decidiu aplicar à elétrica uma multa de cerca de 9 milhões de reais pela não entrega dos empreendimentos, o que equivale a cerca de 1 por cento do investimento previsto.

Os projetos de Furnas tinham como sócios ainda a Eólica Tecnologia, a Ventos Tecnologia e a Gestamp, mas essas empresas levaram apenas multas. A Aneel decidiu não suspender a participação em leilões porque elas eram sócias minoritárias dos projetos, com pouco poder de gestão sobre o cronograma.

"Furnas lembra que os parques mencionados foram descontratados no Mecanismo de Compensação de Sobras e Deficits (MCSD), regulamentado pela própria Aneel, o que significa que a não entrada em operação desses empreendimentos não vai causar prejuízos nem para o setor, nem para o consumidor", afirmou a empresa em nota.

(Por Luciano Costa, em São Paulo)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.