Por Noreen Burke
Investing.com - Os futuros do Dow chegaram a ter seus ganhos anulados na terça-feira (3) após os oficiais de finanças do G7 não terem se comprometido com ações específicas para amenizar a queda na economia global causada pelo surto de coronavírus. No entanto, parte dos ganhos foi recuperado em seguida.
Por volta de 9h45 (horário de Brasília), os futuros do Dow estavam em baixa de 9 pontos, apagando os ganhos anteriores de mais de 250 pontos no dia. Os futuros do S&P 500 estavam 0,4% mais baixos e os futuros do Nasdaq 100 quase não sofreram alterações ao longo do dia.
Já às 11h20, próximo da abertura do mercado em Wall Street, os futuros do Dow se recuperaram e tinham alta de 212,5 pontos ou 0,8%, enquanto os futuros do S&P 500 subiam 0,71% e os futuros do Nasdaq 100 tinham ganhos de 0,95%.
O G7 disse em uma declaração que irá usar ferramentas para controlar uma desaceleração na economia, mas o grupo não concordou com nenhuma ação coordenada.
Ontem, o Dow teve um salto de mais de 5% e o S&P 500 e o Nasdaq em mais de 4% cada um, em uma grande recuperação após a queda da semana passada, causada por temores do coronavírus.
Esse foi o mais forte ganho em um dia para o Dow desde 2009, e a maior alta intradiária para o S&P 500 e o Nasdaq desde dezembro de 2018.
Os mercados haviam sido impulsionados pelas expectativas em relação à uma política coordenada de resposta de governos e bancos centrais para lidar com os riscos à economia global colocados pelo coronavírus.
A decisão de fazer uma reunião do G7 veio após a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter se juntado na segunda-feira ao grupo de presidentes de importantes bancos centrais que assinalam estarem prontos para lidar com a ameaça do surto.
Os bancos centrais do Japão, do Reino Unido e dos Estados Unidos demonstraram disposição a injetar mais dinheiro no sistema, e os mercados estão agora descontando um corte de 50 pontos-base na meta de fundos do Fed na próxima reunião do Federal Reserve dentro de duas semanas. Fora do G7, os bancos centrais da Austrália e da Malásia cortaram suas taxas-chave em 25 pontos-base em suas respectivas reuniões na terça-feira. O banco australiano ainda deixou a porta aberta para mais afrouxamentos.
-Com contribuição da Reuters