Investing.com - A alta na demanda por materiais de construção, sobretudo no varejo, e a resiliência do mercado imobiliário devem garantir resultados recordes para a Gerdau e a Duratex, na visão do BTG (SA:BPAC11). E a tendência deve se manter forte no futuro próximo, ainda que não nos níveis do trimestre. Assim, o banco recomenda Compra para as duas ações, com preço-alvo de R$ 25 para Gerdau e R$ 24 para Duratex.
Às 12h07, os papéis GGBR4 operavam em alta de 0,48%, a R$ 23,29, enquanto os DTEX3 eram negociados a R$ 20,93, baixa de 1,78%.
A demanda por materiais de construção disparou durante a crise, especialmente depois do auge da pandemia em abril e maio, impulsionada pelo auxílio emergencial. As vendas no varejo estão em alta de 17% ano a ano desde março, principalmente por pequenas reformas. Essa tendência, na visão do banco, deve se manter nos próximos trimestres.
Além disso, o mercado imobiliário contribuiu para a demanda. Dado que leva cerca de 12 meses entre o lançamento de um projeto e o início de sua construção, empreendimentos lançados no fim de 2018 e em 2019 ainda estavam incabados, o que sustentou a demanda, ainda que o número de lançamentos no primeiro semestre tenha sido impactado. Além disso, o fato de a construção civil ter sido considerada “essencial” durante os bloqueios ajudou a manter o mercado aquecido.
A expectativa do BTG é que os lançamentos se recuperem, visto que a normalidade está voltando rapidamente ao mercado imobiliário. Além disso, taxas de juros historicamente baixas são chave para o setor, e devem compensar as condições econômicas enfraquecidas.
Para Gerdau, o banco espera Ebitda de cerca de R$ 2 bilhões e alta de 20% ano a ano nos volumes da unidade do Brasil. Além disso, a projeção é que os preços estejam entre 8% e 10% mais altos trimestre a trimestre. As margens para a unidade brasileira devem ficar acima de 20% e a empresa deve reportar ganho de market share no trimestre.
Já para Duratex a expectativa é de Ebitda de R$ 416 milhões para o 3T20 e crescimento entre 20% e 35% em volumes ano a ano. O ganho de margem também deve ser relevante: a projeção é de um Ebitda consolidado de cerca de 23%, vs. 18% no terceiro trimestre no ano passado.