LIMA (Reuters) - Um grupo de chanceleres das América condenou nesta terça-feira a "ruptura da ordem democrática" na Venezuela após a instalação de uma Assembleia Nacional Constituinte e disseram que não reconhecerão os atos decorrentes desse corpo legislativo.
Na chamada "Declaração de Lima", com 16 pontos, os diplomatas da região ainda questionaram "a violação sistemática" dos direitos humanos, bem como das liberdades fundamentais e a existência de presos políticos no país petroleiro.
A declaração ocorreu depois da reunião de chanceleres e representantes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru para buscar formas de contribuir "à restauração da democracia" na Venezuela.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, conclamou os participantes do encontro de Lima a redobrarem seu empenho para que a Organização dos Estados Americanos (OEA) "proceda à efetiva adoção da Carta Democrática Interamericana para exigir a pronta restauração do Estado democrático de direito na Venezuela", segundo comunicado.
(Reportagem de Marco Aquino e Ursula Scollo)