São Paulo, 26 mar (EFE).- A General Motors informou nesta terça-feira a demissão de 598 empregados de uma de suas fábricas no país, após um conflito que durou meio ano pela intenção da montadora de fechar uma filial em São José dos Campos.
Os trabalhores demitidos de uma das oito fábricas de seu Complexo Industrial na cidade de São José dos Campos estavam cumprindo uma suspensão temporária de seus postos de trabalho desde agosto de 2012, segundo disse a emprsa em comunicado.
No total, 779 empregados estavam cumprindo suspensão temporária, embora seguissem recebendo salários.
A decisão corresponde ao acordo assinado em 26 de janeiro com o Sindicato de Metalúrgicos da cidade, explicou a emprsa.
A companhia anunciou em agosto de 2012 sua decisão de desativar a fábrica de Montagem de Veículos Automotores na qual produz o modelo Classic, onde trabalhavam 1.598 empregados, o que provocou tensões entre a direção e os sindicatos, assim como ameaças de greve contínuas.
Os trabalhadores do complexo chegaram a paralisar suas atividades por 24 horas em janeiro de 2013, quando inclusive bloquearam a Via Dutra.
No acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos assinado nesse mês, a General Motors se comprometeu a manter as atividades da fábrica pelo menos até dezembro deste ano, embora com apenas 750 empregados, um pouco menos da metade dos 1.598 que ameaçava despedir .
Também prometeu investir R$ 500 milhões na ampliação de outra unidade.
O fabricante também ampliou o Programa de Demissão Voluntária, que prevê o pagamento de indenizações especiais aos empregados que apresentem sua demissão, e aceitou um aumento do salário mínimo que oferece aos trabalhadores em São José dois Campos. EFE