SÃO PAULO (Reuters) - A companhia aérea Gol (SA:GOLL4) estimou o investimento a ser feito pelo grupo em 2018 em cerca de 600 milhões de reais, mesmo nível do previsto para este ano.
A empresa também afirmou que deve elevar de 1 a 3 por cento a oferta de assentos em voos no próximo ano e estimou a margem operacional (Ebit) de cerca de 11 por cento em 2018 ante expectativa de 9 por cento neste ano.
A expectativa para a receita líquida é de crescimento de cerca de 6 por cento, para 11 bilhões de reais, com os custos (cask), sem incluir combustível, subindo 7 por cento. A empresa espera que o preço do combustível avance quase 5 por cento, para 2,2 reais o litro.
A Gol também espera uma queda no nível de endividamento em 2018, passando para 3 vezes em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ante uma previsão de 3,4 vezes neste ano.
Já o lucro por ação em 2018 deve passar a uma faixa de 1,20 a 1,40 real por papel ante 0,8 a 0,9 real na estimativa deste ano.
Mais cedo, fontes afirmaram à Reuters que a Gol estuda uma eventual emissão de ações no início de 2018 como forma de reforçar sua estrutura de capital.
A Gol recebeu no terceiro trimestre o primeiro Boeing 737 MAX de uma encomenda de 120 aeronaves feita para a fabricante norte-americana que será destinada à substituição de frota da companhia. Segundo a empresa, o modelo permite voos de maior alcance e redução de consumo de até 15 por cento. Até o fim de 2022, a expectativa da Gol é que 30 por cento de sua frota seja formada por 737 MAX.
A empresa estimou ainda que o indicador de preços de passagens (yield) no atual quarto trimestre deve avançar 5 por cento sobre os três meses anteriores, para 26 centavos de real. Enquanto isso, a projeção de oferta no mercado de doméstico é de crescimento de 2 por cento sobre o terceiro trimestre e no segmento internacional a empresa deverá elevar a capacidade em 9 por cento.
Em novembro, a demanda por voos da Gol subiu 7 por cento sobre um ano antes e a oferta da empresa avançou 2,8 por cento, o que fez o índice de ocupação das aeronaves da empresa subir de 77,8 para 81 por cento.
(Por Alberto Alerigi Jr.)