Investing.com - As ações da Gol (SA:GOLL4) operam com forte valorização de 4,41% a R$ 14,20 na tarde desta sexta-feira, estando entre as maiores altas do Ibovespa. Os investidores reagem à notícia de que o Credit Suisse elevou o preço-alvo das ações de R$ 8,50 para R$ 15,30. No entanto, a recomendação permanece neutra.
Em relatório distribuído a clientes, Felipe Vinagre e equipe avaliam que, apesar dos resultados decentes no segundo trimestre de 2018, disciplina de capacidade, guidance ambicioso e ótimo trabalho da administração, a Gol será influenciada mais por questões macro, por se tratar de um player quase totalmente doméstico e forte relação com o câmbio.
“Portanto, o desempenho das ações depende de um resultado pró-mercado nas próximas controversas eleições presidenciais, o que deve significar uma perspectiva volátil de curto prazo para as ações”, afirmaram os analistas.
A equipe do Credit Suisse elevou a previsão para o Ebidta de 2019 em 19 por cento, para 1,957 bilhão de reais e o Ebit de 2019 em 6 por cento. A estimativa da dívida líquida para o final de 2018 foi reduzida para 5,6 bilhões de reais ante 6,1 bilhões de reais.
Resultado
A Gol registrou prejuízo líquido depois da participação minoritária de 1,326 bilhão de reais no segundo trimestre, um aumento de 177,6 por cento em relação à perda verificada um ano antes, pressionado pela variação cambial que pesou sobre o resultado financeiro do período.
Antes da participação de minoritários, o prejuízo líquido somou 1,272 bilhão de reais no período de abril a junho, um aumento do rombo de mais de 200 por cento em relação à perda de 409,5 milhões de reais um ano antes, com margem líquida negativa de 54 por cento.
A margem líquida após a diluição dos minoritários ficou negativa 56,3 por cento.