Por Leah Douglas
WASHINGTON (Reuters) - As empresas de carnes devem examinar suas cadeias de suprimentos em busca de evidências de trabalho infantil, disse o governo de Joe Biden em uma carta enviada às principais empresas frigoríficas dos Estados Unidos nesta quarta-feira.
A carta faz parte de uma iniciativa de várias agências, lideradas pelo Departamento do Trabalho, para coibir o uso de trabalho infantil ilegal em todos os setores. Desde 2018, o emprego ilegal de crianças aumentou 69% nos EUA, de acordo com a agência.
Em fevereiro, o Departamento do Trabalho descobriu que mais de 100 crianças haviam sido empregadas ilegalmente pela Packers Sanitation Services Inc, uma empresa que contrata frigoríficos para limpar matadouros. A empresa foi multada em 1,5 milhão de dólares.
O secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, pediu na carta às empresas de carnes e aves que determinassem se o trabalho infantil ilegal está sendo usado em suas cadeias de suprimentos e que adotassem padrões mais rígidos de trabalho infantil para subcontratados.
“As empresas de fabricação de alimentos –particularmente aquelas com poder de mercado significativo– precisam estar vigilantes sobre os padrões de seus fornecedores para ajudar a reduzir violações e abusos sistêmicos”, disse Vilsack na carta.
A carta foi enviada a 18 empresas que representam cerca de 70% da produção de carne e aves em volume, incluindo a Tyson Foods Inc (NYSE:TSN), a Smithfield Foods Inc, JBS (BVMF:JBSS3) USA Llc e a Perdue Farms Inc.
O Departamento de Agricultura está explorando mecanismos de fiscalização que permitiriam uma supervisão mais rígida do uso de trabalho infantil nas cadeias de abastecimento de alimentos e planeja tomar medidas futuras sobre o assunto, disse um porta-voz da agência.
(Reportagem de Leah Douglas)