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Governo da Bahia avalia que ressarcimento à Ford sobre fábrica alvo da BYD é de cerca de R$150 mi, diz governador

Publicado 17.08.2023, 22:16
© Reuters. SUV elétrico Atto 3 fabricado pela montadora chinesa BYD no Reino Unido
28/4/2023 REUTERS/Nick Carey
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Por Alberto Alerigi

SÃO PAULO (Reuters) - O governo da Bahia tem uma avaliação preliminar de que o valor a ser ressarcido à Ford (NYSE:F) pela retomada da fábrica de veículos alvo do interesse da chinesa BYD em Camaçari gira em torno de 100 milhões a 150 milhões de reais, afirmou nesta quinta-feira o governador Jerônimo Rodrigues a jornalistas.

A Ford divulgou na semana passada um acordo para reverter a propriedade de seu complexo industrial em Camaçari para o Estado da Bahia, afirmando que o processo ocorrerá mediante o ressarcimento de investimentos realizados pela montadora na área.

Na ocasião, a montadora norte-americana não divulgou o valor que seria cobrado do governo baiano pela devolução da unidade. Desde pelo menos o ano passado, Ford, BYD e governo da Bahia têm travado discussões paralelas sobre a fábrica fechada pela montadora norte-americana em Camaçari em 2021.

A BYD tinha expectativa de anunciar já no final do ano passado um acordo definitivo para a instalação de um complexo fabril formado inicialmente por uma fábrica de carros elétricos, que seria ampliado para a inclusão de linhas de produção de ônibus e caminhões elétricos e também para montagem de baterias para os veículos.

"Estamos na fase de fazer uma avaliação do valor que eles investiram para a gente poder ressarcir (à Ford) e já ver com a BYD qual a condição de entrega (do complexo de Camaçari)", afirmou o governador a jornalistas. Segundo ele, o terreno ocupado pela Ford pertence ao Estado. A Caixa Econômica Federal foi contratada pelo governo da Bahia para realizar a avaliação do ressarcimento, disse o governador.

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"Foi um valor que a gente ouviu sobre a negociação (entre Ford e BYD). Então, para nós, vai ser um parâmetro", afirmou o governador. Procurada no Brasil, a Ford não pôde comentar o assunto de imediato. 

Segundo o governador, a expectativa é que a BYD possa dar o pontapé inicial a investimentos da ordem de 3 bilhões de reais no Estado em outubro, quando o presidente global da marca, Wang Chuanfu, virá ao Estado para o lançamento da pedra fundamental da fábrica.

"O compromisso que ouvimos da BYD é esse", disse Rodrigues, acrescentando que a produção poderia começar entre outubro e novembro do próximo ano. "Vamos tentar fazer um esforço para que eles possam antecipar o prazo de início da produção."

Paralelamente, o governo da Bahia está buscando junto a outros Estados do Nordeste e Centro-Oeste a prorrogação dos incentivos fiscais concedidos ao setor automotivo nessas regiões, de 2025 para 2032, algo que por ora não está contemplado na reforma tributária.

"Não estamos olhando só para a BYD, é claro que a BYD já está bem encaminhada, mas gostaríamos que esta reforma tributária pudesse criar um ambiente favorável para a negociação. Estamos dialogando com nossa bancada, com o Partido dos Trabalhadores, com o governo federal, para ver com os senadores, para tentar nos ajudar", afirmou Rodrigues.

"Se não for 2032, pelo menos que a gente tenha um fôlego para quem venha a investir agora", disse o governador, sugerindo a possibilidade de prorrogar o regime de benefícios fiscais para até 2025 ou 2027.

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"O que a BYD colocou para a gente, a gente está atendendo", disse o governador, citando ainda discussões para que o porto de Aratu, que fica próximo ao polo industrial de Camaçari, possa ser utilizado também pela montadora chinesa para seus processos de importação de insumos e exportação dos veículos finalizados.

O conselheiro especial da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades, afirmou que se não for possível renovar os benefícios fiscais por um período mais longo "poderá haver surpresas" quanto ao valor a ser investido pela empresa na Bahia.

Questionado sobre o interesse da empresa no Brasil, especialmente em um momento em que o mercado automotivo tem sofrido com demanda reduzida e juros elevados que dificultam as vendas, Baldy afirmou que a companhia considera o país como seu principal foco de investimento fora da China.

"Queremos o Brasil como um hub de produção na América do Sul de veículos elétricos e híbridos", afirmou, comentando que apesar das complexidades do Brasil, a empresa segue interessada em investir no país.

Em outubro passado, a BYD e o governo da Bahia assinaram um memorando de entendimento para um investimento de 3 bilhões de reais no Estado em cinco anos. A expectativa era de que o acordo fosse concluído até dezembro do mesmo ano, mas até hoje a empresa não definiu o local oficialmente.

Em julho deste ano, a empresa anunciou planos de construir um complexo industrial em Camaçari durante um evento na Bahia e disse que a instalação vai abrigar uma fábrica de carros elétricos com o objetivo de ter uma capacidade de produção de até 150 mil unidades por ano após futuras expansões.

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Em julho deste ano, a empresa promoveu um evento na Bahia afirmando que vai erguer um complexo industrial em Camaçari (BA) e que a instalação vai abrigar uma fábrica de carros elétricos com objetivo de ter capacidade de produção de até 150 mil unidades por ano após expansões.

Uma unidade de montagem de baterias e outra de chassis de ônibus e caminhões também serão instaladas no complexo, segundo a companhia, que atualmente concentra operações no Brasil em Campinas (SP) e em Manaus.

Fabricante de carros, caminhões e ônibus elétricos, além de baterias para outras montadoras e produtos como módulos fotovoltaicos, a BYD hoje disputa com a norte-americana Tesla (NASDAQ:TSLA) a liderança global na produção de carros elétricos.

No início do mês, a BYD anunciou vendas de 262.161 veículos em julho. O volume é maior que o licenciamento de veículos de todas as montadoras no Brasil, que no mês passado emplacaram 225,6 mil unidades no país.

No acumulado do ano, a montadora chinesa teve vendas de 1,5 milhão de veículos, mais que os licenciamentos de todas as fabricantes de veículos do Brasil no mesmo período -- de 1,22 milhão de unidades, segundo dados da associação do setor, Anfavea.

Últimos comentários

Ah, o Brasil ! Damos incentivos para empresas virem para cá, vender produtos para nós, terem lucro e levarem seus lucros para seus países de origem em troca de empregos e de uma grana por fora. Onde está o benefício ? No mínimo deveriam ser obrigadas a exportar parte da produção e transferir tecnologia.
BYD no Brasil excelente nao acredito que irão conceder beneficios fiscais tendo em vista se isso ocorrer as Fabricas de outros estados que ja estao no prejuizo vao fechar.Entendo que os mais interesssdos devem ser os metalurgicos dessas fabricas pois para as multinacionais fecham aqui e vao produzir em outro lugar aonde nao existe esses benéficos interesses pontuais para proteger A ou B.
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