Governo de SP avalia instrumentos econômicos para controlar demanda de água no Estado

Publicado 11.12.2014, 18:39
Atualizado 11.12.2014, 18:40
Governo de SP avalia instrumentos econômicos para controlar demanda de água no Estado

SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo avalia instrumentos econômicos como forma de controle de demanda de água no Estado, disse o novo secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, nesta quinta-feira.

Ele não deu mais detalhes sobre quais seriam esses instrumentos econômicos em estudo. Braga vai substituir o atual secretário Mauro Arce, assumindo a pasta em definitivo a partir de 1º de janeiro.

Segundo Braga, que atualmente preside a organização multilateral Conselho Mundial da Água, as medidas tomadas até agora na gestão da crise hídrica pela qual o Estado atravessa "foram na direção certa". Ele citou a transferência de água entre sistemas de reservatórios, campanha de conscientização e programa de bônus para consumidores que economizarem água.

Braga evitou comentar se entre as medidas em estudo pelo governo estadual estaria a introdução de multa para consumidores que desperdiçarem água. Porém, o governador Geraldo Alckmin afirmou minutos antes que sua gestão ainda estuda a cobrança.

Nesta quinta-feira, o sistema de represas Cantareira mostrava nível de 7,6 por cento, mesmo após o início da utilização da segunda parcela do chamado volume morto.

Já o sistema Alto Tietê, de onde vem sendo retirada água para ajudar a poupar o Cantareira, exibia 4,4 por cento de armazenamento. O conjunto Guarapiranga, que também abastece a região metropolitana paulista, operava com 31,5 por cento da capacidade.

O posto aceito por Braga é seu primeiro cargo no comando de uma pasta executiva de governo. Ele já atuou durante nove anos como diretor da Agência Nacional de Águas (ANA).

"A curto prazo há necessidade de que todos se conscientizem da necessidade de haver controle da demanda. Não há como aumentar a oferta (de água) neste momento", disse Braga.

"Temos que focar em soluções de curto, médio e longo prazos e aproveitar este momento de crise para discutir soluções de longo prazo", afirmou Braga.

Segundo ele, em 125 anos nunca houve um quadro de escassez hídrica no Estado como neste ano, e para 2015 a situação deverá ser mais grave se as chuvas não retornarem com intensidade.

A região metropolitana tem sido atingida por fortes chuvas nos últimos dias, mas Braga afirmou que o volume de água que caiu sobre as bacias ainda não foi suficiente para se acumular nos reservatórios, sendo absorvido pela superfície.

Questionado sobre as medidas de longo prazo para ajudar no abastecimento de água, Braga afirmou que entre as opções está a transferência de bacias mais distantes da região metropolitana, como Paranapanema e Juquiá, que exigirão investimentos elevados.

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)

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