Por David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos deve atingir seu limite de endividamento de 31,4 trilhões de dólares nesta quinta-feira, em meio a um impasse entre a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, e os democratas do presidente Joe Biden, que pode levar a uma crise fiscal em alguns meses.
Os republicanos, com uma maioria recém-conquistada na Câmara, pretendem usar o teto da dívida federal determinado pelo Congresso para exigir cortes de gastos de Biden e do Senado, liderado pelos democratas.
O prazo desta quinta-feira terá pouco efeito imediato, porque os funcionários do Departamento do Tesouro dos EUA estão preparados para começar a empregar medidas emergenciais de gerenciamento de caixa para evitar a inadimplência. Riscos mais graves surgirão mais perto de junho, quando o governo se aproximar da chamada data X, na qual o Tesouro ficará incapaz de manobras emergenciais.
Antes desse prazo, não há sinal de que qualquer dos lados esteja disposto a ceder.
"É algo que deve ser feito sem condições. Não devemos negociar em torno disso. É dever básico do Congresso fazer isso", disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, a repórteres .
Em vez disso, os republicanos estão buscando um plano de "priorização da dívida" que buscaria evitar a inadimplência, insistindo ao Tesouro para priorizar o pagamento da dívida e possivelmente outras prioridades, como Previdência Social e Medicare, caso o limite seja violado durante as negociações. Os republicanos esperam concluir a legislação até o final de março.
(Reportagem de David Morgan, reportagem adicional de Jeff Mason)