SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cobraram melhorias nos serviços de distribuição de energia em Goiás, sob responsabilidade da italiana Enel (MI:ENEI), que fechou no final de 2016 a aquisição da elétrica local Celg-D, antes controlada pela Eletrobras (SA:ELET3) e pelo governo goiano.
Em nota, o ministério disse que participou de reunião com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e representantes do Ministério da Economia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tratar da situação, além de ter realizado um encontro em separado com a agência reguladora.
"O ministério também esteve reunido com a Aneel para avaliar as providências imediatas que a agência pretende adotar", afirmou a pasta.
Na véspera, a Aneel informou também em nota que "realizará reunião em Brasília com a presidência do grupo Enel para discutir medidas emergenciais para melhoria da qualidade do serviço prestado" pela empresa em Goiás.
"A agência ainda restringiu, conforme contrato de concessão, a distribuição de dividendos das empresas que descumpriram os indicadores de qualidade, regra aplicada à distribuidora goiana", acrescentou a Aneel.
A Enel Goiás, novo nome dado pelos italianos à Celg, atende 3 milhões de consumidores no Estado de Goiás.
O grupo Enel aceitou pagar 2,19 bilhões de reais pela empresa junto à Eletrobras após leilão realizado em novembro de 2016, na qual foi a única concorrente.
Procurada, a Enel não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre as notas divulgadas pelo ministério e pela agência reguladora.
A Aneel afirmou que a Enel Goiás foi obrigada a compensar seus clientes com descontos na conta de luz em 126 milhões de reais devido ao descumprimento de indicadores de qualidade no biênio 2017 e 2018.
(Por Luciano Costa)