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Governo examina liberação de contas ativas e inativas do FGTS, diz Guedes

Publicado 30.05.2019, 13:04
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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que o governo examina a liberação de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), mas ressaltou que a iniciativa só poderá ser tocada após aprovação das reformas.

Em 2017, o governo do ex-presidente Michel Temer abriu uma janela para que as contas do FGTS fossem liberadas, mas apenas as inativas --ligadas a vínculos empregatícios já encerrados pelo trabalhador. Com isso, foram sacados 44 bilhões de reais, numa investida considerada fundamental para aquecer a economia naquele ano.

Em declaração a jornalistas após reunião com parlamentares da bancada do Novo, Guedes também disse que o governo está "pronto para disparar" a liberação de recursos do PIS/Pasep, ecoando comentários que já tinham sido feitos por membros da equipe econômica.

No início do mês, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, estimou que os valores de nova liberação do PIS/Pasep poderiam chegar a 22 bilhões de reais.

"Vamos liberar PIS/Pasep, FGTS, tudo", afirmou Guedes nesta quinta-feira.

Questionado sobre o prazo para as medidas serem implementadas ele afirmou que isso ocorrerá "muito em breve", após a realização das reformas.

"Se você abre essas torneiras sem as mudanças fundamentais é o voo da galinha. Você voa aí 3, 4 meses porque liberou e depois afunda tudo outra vez", justificou.

Ele também ressalvou que o martelo ainda não foi batido sobre o FGTS, mas que todas as equipes estão examinando a medida.

ACORDO COM UE

Falando sobre as novidades no front econômico, o ministro da Economia também afirmou que o governo está a semanas de anunciar o maior acordo comercial da história recente, para entrar no mercado comum europeu.

"Cada parte da nossa equipe está trabalhando num programa e você não controla o timing. Por exemplo, pode ser que Argentina anuncie em 2 semanas que quer o acordo conosco e aí nós fechamos com a Europa também", disse.

"Agora pode ser que saia em 5 (semanas). Se sair em 5, vai ser depois da reforma da Previdência", completou ele, em possível referência à expectativa de aprovação na Câmara dos Deputados.

STF E DESINVESTIMENTOS

Após se reunir na véspera com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), antes do julgamento na corte de liminares que podem paralisar desinvestimentos estatais, em especial da Petrobras (SA:PETR4), Guedes ressaltou que as estatais devem ter liberdade para tocar seus negócios.

"Uma vez criada estatal, se ela compra, se ela vende empresa é uma atitude negocial dela. Se tudo que ela tiver que fazer, comprar ou vender, tiver que ser avaliado juridicamente, os investimentos não virão para extrair o petróleo", afirmou.

Guedes ressaltou que caberá ao STF tomar sua decisão final, mas disse ter obrigação de levar aos ministros esse ângulo econômico.

"Se o Brasil for juridicamente país hostil aos investimentos, vai continuar país rico em recursos e pobre, miserável, porque não consegue explorar seus recursos adequadamente", disse.

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"Essas decisões têm efeitos que podem ser extraordinários para estimular o crescimento ou devastadoras. Do ponto de vista econômico, eu tenho que esclarecer essas coisas", complementou.

Nesta quinta-feira, o STF deverá decidir, por exemplo, se a Petrobras pode concluir a venda do controle acionário da Transportadora Associada de Gás (TAG), um negócio fechado por 8,6 bilhões de dólares.

Um decisão desfavorável para o governo poderia colocar em xeque o plano de privatizações do gestão Jair Bolsonaro, além da política de desinvestimentos da petroleira, que conta com a venda de ativos para reduzir sua dívida líquida.

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