Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo federal vai tentar novamente vender a Lotex, braço de loterias instantâneas da Caixa Econômica Federal, disse à Reuters o secretário de Planejamento, Loteria e Energia do Ministério da Economia, Alexandre Manoel,
O novo edital será divulgado ainda esse mês, provavelmente no dia 26, com o certame previsto para outubro. Segundo ele, foram feitas adaptações no edital para tornar o certame mais atraente para investidores.
"Achamos que dessa vez vai (acontecer). Ouvimos o mercado, mudamos as regras e tornamos esse projeto ainda mais atraente", disse Alexandre Manoel à Reuters.
O valor mínimo da outorga para a negócio será de cerca de 600 milhões de reais. Para tornar o ativo mais interessante, o vencedor da disputa poderá parcelar a compra em oito vezes. A versão anterior do edital previa o pagamento em quatro vezes.
Além disso, a receita mínima anual exigida dos grupos para poderem participar da concorrência foi reduzido de 1,2 bilhão para cerca de 600 milhões de reais.
"Estruturamos esse leilão para ter concorrência e competição e temos interesse que os melhores venham porque o governo também vai ganhar", disse ele.
Segundo o secretário, o novo edital prevê que o governo terá direito a receber 16,7% do faturamento do operador da Lotex, sem contar Imposto de Renda e demais impostos.
A perspectiva é de que a concessão eleve fortemente os pontos de venda. Hoje, há 13 mil pontos de venda e a projeção é de que nos próximo anos essa rede chegue a 65 mil pontos.
"O mercado de loteria no Brasil está distante da média mundial e esperamos uma ampliação do mercado, com mais faturamento e muitos empregos", concluiu.
Previsto inicialmente para acontecer em junho de 2018, com lance mínimo de 1 bilhão de reais, o leilão da Lotex teve a data adiada várias vezes e recebeu ajustes para tentar aumentar o interesse e sanar preocupações de investidores.