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Gregos querem permanecer no euro, mas só se UE relaxar austeridade

Publicado 18.05.2012, 09:55

Andrés Mourenza.

Atenas, 18 mai (EFE).- A maioria dos gregos, 88%, deseja que seu país permaneça no euro, embora também exijam que a União Europeia (UE) relaxe as medidas de austeridade e, se isso não ocorrer, estão abertos à possibilidade de voltar à moeda dracma.

Este é o resultado de uma pesquisa de opinião da empresa Pulse RC publicada nesta sexta-feira pela revista "To Pontiki". Segundo o estudo, 54% das pessoas entrevistadas respondeu que quer permanecer no euro fazendo sacrifícios até certo ponto, mas se não houver outra forma, preferem voltar ao dracma; enquanto 34% se mostrou partidário de permanecer na moeda única a qualquer preço e 7% exigiu o retorno imediato ao dracma.

Essa é a primeira pesquisa sobre o tema desde o fracasso das negociações para formar um novo Governo após o pleito do dia 6, fato que estimulou os rumores sobre uma eventual saída da Grécia da zona do euro.

Além disso, é o primeiro estudo que vincula a opinião dos gregos sobre o euro (sempre majoritariamente a favor da moeda única) e as medidas de austeridade da UE (rebatidas pela maioria).

Só os eleitores da conservadora Nova Democracia (ND) e do social-democrata Pasok se mostraram majoritariamente favoráveis a permanecer no euro a qualquer preço, enquanto os eleitores dos outros partidos preferem a opção de ficar na zona do euro com o relaxamento da austeridade.

A pesquisa também indica que o favorito para as eleições do junho próximo é a Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), com intenções de voto de 24,5% (quase 8 pontos a mais ante os obtidos em 6 de maio), seguido pelo ND, com 21,5%.

Esta é a tendência mostrada pelas pesquisas publicadas desde as eleições (com exceção de um que dá a vantagem de 2,5 pontos ao ND sobre Syriza) que ainda apontam que os outros partidos mantenham o nível alcançado dia 6.

Syriza é o partido que responde ao desejo da maioria, pois defende o não abandono do euro, mas exige a revogação do memorando de austeridade imposto por Bruxelas e ratificado pelo ND e Pasok.

Diante dos rumores de uma saída ou expulsão da Grécia do euro, nos últimos dias foram retirados centenas de milhões de euro das contas bancárias da Grécia, mas, segundo comprovou a Agência EFE, a situação nas caixas hoje é de total normalidade. "Enquanto a Grécia se mantiver no euro, não haverá um pânico bancário", explicou à EFE o economista-chefe do Alphabank, Michael Massurakis.

De fato, a bolsa grega, iniciou seu pregão matinal com ligeiras perdas, mas ao meio-dia desta sexta havia reinvertido a tendência e estava com números positivos (+1,12% no índice geral ATHEX), enquanto o índice bancário ganhava 2,34%.

Enquanto isso, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, que hoje se encontra em Atenas, mostrou sua preocupação pela instabilidade política na Grécia e se disse partidário do reforço do poder da União Europeia.

"Europa tem agora um poder limitado. Só assim teremos a oportunidade de provar que não queremos escravizar à Grécia, mas simplesmente ajudá-la", disse Schulz durante uma visita ao presidente da República helena, Karolos Papoulias.

A chanceler alemã, Angela Merkel, ligou nesta sexta a Papoulias para falar sobre a situação da Grécia, mas o conteúdo da conversa não se tornou público.

Também hoje, o conservador Vyron Polydoras (ex-ministro de Ordem Pública) foi eleito como novo presidente do Parlamento até sua dissolução, que se espera para os próximos dias, já que o plenário deve permanecer fechado pelo menos até três semanas antes das eleições, previstas para 17 de junho, mas que ainda não foram convocadas oficialmente. EFE

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