Por Anshuman Daga
CINGAPURA (Reuters) - O Grupo Noble, que busca reestruturar uma dívida de 3,5 bilhões de dólares para se manter vivo, alertou para restrições de liquidez ao reportar uma prejuízo líquido no segundo trimestre que também foi causado em parte por despesas de reestruturação.
No passado o maior comerciante de commodities da Ásia, o Noble encolheu seus negócios depois de vender bilhões de dólares em ativos, sofrer com pesadas baixas contábeis e cortar centenas de empregos. Seu plano de reestruturação ganhou força no mês passado, quando conquistou apoio de um importante acionista.
A companhia, que já obteve apoio de 86 por cento de seus credores sêniores, disse nesta terça-feira que cerca de 30 por cento de seus acionistas se comprometeram a apoiar sua proposta de reestruturação, que está prevista para deliberação em 27 de agosto.
O grupo registrou um prejuízo líquido de 128,3 milhões de dólares no trimestre de abril a junho, maior do que a perda de 72 milhões no primeiro trimestre. Durante o segundo trimestre de 2017, o prejuízo havia sido de 1,75 bilhão de dólares, em meio a baixas contábeis.
A última vez que o Noble obteve lucro foi no trimestre encerrado em dezembro de 2016. No segundo trimestre deste ano, a receita de operações contínuas caiu 29 por cento em relação ao ano anterior, para 1,12 bilhão de dólares.
A empresa havai previsto uma perda trimestral de entre 115 milhões de dólares e 140 milhões de dólares. Ela disse que o desempenho continuou a ser impactado por suas atuais restrições de liquidez e pela falta de disponibilidade de financiamento competitivo para apoiar suas operações.