Bruxelas, 5 nov (EFE).- A Comissão Europeia (CE) reduziu o crescimento previsto para a Alemanha em 2015 para 1,7% do PIB, 0,2% menos que o previsto em maio, e indicou que o escândalo da Volkswagen "implica riscos em baixa".
"A queda renovada dos preços do petróleo e o gasto público adicional para dar lugar aos refugiados devem proporcionar um maior estímulo, enquanto o escândalo Volkswagen implica riscos em baixa", disse a CE em sua revisão das previsões macroeconômicas.
O Executivo comunitário reduziu assim a progressão da economia alemã a 1,9% para 2016, 0,1% menos que o anteriormente previsto e a mesma porcentagem esperada para 2017.
A CE informou que "apesar dos últimos ventos contra de uma menor demanda das exportações nos mercados emergentes, o crescimento econômico da Alemanha segue apoiado pelo mercado de trabalho favorável e pelo financiamento em condições que sustentam a demanda interna".
No entanto, a entidade afirmou que "os possíveis efeitos colaterais" da manipulação feita pela Volkswagen nas emissões de poluentes de motores a diesel "a outros setores através das cadeias de produção ou os efeitos de confiança, podem criar riscos em baixa para o investimento empresarial".
A CE também prevê que o superávit orçamentário das administrações públicas alemãs aumentará até 0,9% do PIB em 2015, mais que o 0,3% de 2014, apesar dos custos relacionados com a afluência de refugiados.
O alojamento de refugiados "elevará a despesa social", enquanto os fundos adicionais previstos para investimentos em infraestrutura, assim como para a habitação social em meio aos fortes fluxos de imigração "aumentarão gradualmente o investimento do setor público".
O Executivo comunitário aponta um aumento consecutivo do desemprego na Alemanha até 2017, com taxas de 4,7% em 2015, 4,9% em 2016 e 5,2% em 2017.
A dívida pública se situará em 71,4% do PIB em 2015, cairá para 68,5% em 2016 e até 65,6% em 2017, segundo as previsões.