Por Lefteris Karagiannopoulos
OSLO (Reuters) - A Norsk Hydro concordou com o Ministério Público em promover uma avaliação técnica por terceiros que, se positiva, poderia levar ao restabelecimento da produção total na refinaria de alumina Alunorte, hoje operando pela metade, informou a empresa nesta terça-feira.
A refinaria, maior do mundo, vem funcionando com metade da capacidade desde o início de 2018, quando a Hydro admitiu ter liberado, sem licença, água não tratada.
Desde então, a empresa recebeu duas liberações para retomar com segurança as operações totais, que agora uma terceira parte avaliará sob ponto de vista técnico.
Pelo acordo, se a avaliação externa do comitê concordar com as duas conclusões de segurança, a promotoria informará ao tribunal federal de Belém que não vai se opor à suspensão de um embargo que impede a Alunorte de operar a capacidade total.
"O acordo traz um cronograma para que a avaliação seja concluída em abril. Ele não inclui um cronograma para a decisão a ser tomada pela corte", disse a Norsk Hydro em comunicado.
A Justiça Federal de Belém, que decidirá sobre o embargo, agendou para 4 de abril uma audiência entre Alunorte e o promotor a respeito das proibições à produção e do uso de uma nova área para depósito de bauxita.
A corte nomeou dois especialistas técnicos para que auxiliem o tribunal em sua avaliação de questões relacionadas à situação de Alunorte. Os especialistas técnicos receberam 60 dias para suas avaliações, segundo a empresa.
Alunorte é a maior refinaria de alumina do mundo, com capacidade suficientemente grande para sustentar uma produção anual de mais de 3 milhões de toneladas de alumínio.