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Ibovespa acelera alta e busca 117 mil pontos com NY e China, mas queda do petróleo é risco

Publicado 16.10.2023, 08:38
Ibovespa acelera alta e busca 117 mil pontos com NY e China, mas queda do petróleo é risco
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O Ibovespa sobe desde a abertura nesta segunda-feira, 16, em busca de recuperar parte da queda de 1,11% na sexta-feira, quando perdeu os 116 mil pontos (115.754,08 pontos). O movimento segue a valorização das bolsas norte-americanas, o ganho robusto do minério de ferro em Dalian, de 2,86%, e algumas notícias corporativas internas. Há pouco, renovava máxima, em busca dos 117 mil pontos.

A alta do Índice Bovespa, contudo, é limitada pela cautela geopolítica e enquanto os investidores locais esperam a votação do projeto de lei sobre a taxação de fundos de alta renda (exclusivos e offshore), prevista para ocorrer entre amanhã e quarta-feira no Congresso.

Nos Estados Unidos, os rendimentos dos treasuries sobem, após cederem na sessão passada, refletindo preocupações com a guerra no Oriente Médio. No entanto, os juros futuros internos caíam.

Parte dessa queda, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, reflete a redução da mediana das expectativas para IPCA de 2023 na pesquisa Focus divulgada hoje. A projeção para a inflação oficial em 2023 passou de 4,86% para 4,75%. Isso impediria o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

"A mediana está exatamente no teto da meta, e já vemos resposta de algumas taxas futuras de juros", diz Spiessa, alertando que o avanço dos Treasuries são riscos a este movimento interno por conta da expectativa de aumento das tensões no Oriente Médio.

Em novo desdobramento do conflito entre a organização terrorista Hamas e Israel, iniciado há mais de uma semana, há expectativas de que o governo israelense lance uma ofensiva por terra em Gaza.

Se isso acontecer, o Irã alertou que a guerra pode se expandir para outras partes do Oriente Médio se a milícia libanesa Hezbollah se juntar à batalha, e isso faria Israel sofrer "um enorme terremoto".

"No aguardo de uma agenda movimentada de indicadores e balanços a partir de amanhã, o dia de hoje terá como foco principal o noticiário relacionado ao conflito, com o receio de um embate mais direto entre Israel e outros países da região, como o Irã", observa em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

Após saltarem mais de 5% na sexta-feira, em meio a incertezas da crise no Oriente Médio, os contratos futuros do petróleo caem, mas com o do tipo brent acima da marca dos US$ 90, retomada na semana passada, o que eleva temores inflacionários e quanto a um quadro de juros altos no mundo por mais tempo. Por isso, ficam no radar comentários de autoridades de grandes bancos centrais sobre a trajetória dos juros.

Nos próximos dias, a atenção se voltará para mais balanços de empresas dos EUA, como BofA (NYSE:BAC), Morgan Stanley (NYSE:MS) e Netflix (NASDAQ:NFLX), assim como para novos dados do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, além de números da indústria e do varejo.

"Nos EUA serão divulgados índice de confiança, vendas no varejo, produção industrial, vendas e preços de casas, livro bege, indicadores antecedentes de atividade e ainda a fala de alguns dirigentes do Fed. Esta bateria de dados vem após a divulgação da inflação ao consumidor de setembro, ligeiramente acima do esperado, o que adicionou pressão sobre a curva de juros", diz Marianna Costa, economista-chefe do TC.

Hoje, o Banco do Povo da China(PBoC, o BC local) deixou seu juro de médio prazo inalterado em 2,5%, sinalizando que suas principais taxas de referência ficarão igualmente intocadas nos próximos dias. O PBoC também adicionou 289 bilhões de yuans líquidos (US$ 39,6 bilhões) ao sistema financeiro através do chamado mecanismo de empréstimo de médio prazo.

Com isso, as ações do setor metálico avançam, com Vale ON (BVMF:VALE3) subindo 1,55% perto de 11h30. "Isso ajuda, mas há muita preocupação em relação à possibilidade de escalada da guerra no Oriente Médio", avalia Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos.

"Os mercados estão atuando, mas estão também aguardando que a situação pode tomar um novo rumo a qualquer momento se Israel entrar na Faixa de Gaza. Se o conflito ganhar corpo no Oriente Médio, o petróleo avançará, o que significa dólar para cima e aumento do debate de mais inflação", observa o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

Segundo Spiess, da Empiricus, há um certo compasso de espera dos mercados seja pelos desdobramentos da guerra, seja pela divulgação de resultados corporativos nos EUA.

Às 11h29, o Ibovespa subia 0,82%, na máxima aos 116.712,59 pontos.

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