Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia na bolsa paulista nos primeiros negócios desta quinta-feira, acompanhando o viés de praças na Europa e futuros acionários nos Estados Unidos, tendo no radar a possibilidade de início de normalização da atividade econômica.
A queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na última semana em relação a anterior, embora ainda tenha superado 5,2 milhões de registros, corroborava a alta dos pregões.
As atenções estão voltadas principalmente para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu anunciar nesta quinta-feira "novas orientações" para a reabertura da economia norte-americana, afirmando que o país passou do pico de novos casos.
Às 10:26, o Ibovespa subia 1,13%, a 79.719,85 pontos.
No exterior, o futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,45%, e o FTSE 100 à vista, em Londres, ganhava 0,5%.
Apesar do sinal positivo, os mercados seguem fragilizados, conforme ainda persistem preocupações sobre o tamanho do estrago nas economias causado pelo Covid-19.
Na visão do analista Jasper Lawler, do London Capital Group, dados econômicos ruins nos últimos dias e previsões do FMI para uma recessão grave estão despertando "alarmes sobre a atual recuperação do mercado".
Na véspera, o Ibovespa à vista caiu 1,36%, acompanhando o ajuste negativo em Wall St, com volume financeiro recorde, inflado pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. Em abril, ainda sobe quase 8%.