Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nos primeiros negócios desta quarta-feira, com abril começando sem trégua na aversão a risco decorrente de persistentes preocupações e dúvidas sobre os efeitos da pandemia de um novo coronavírus nas economias em todo o mundo.
Às 10:18, o Ibovespa caía 4,41 %, a 69.796,35 pontos.
"Ao que tudo indica, passado o fluxo de rebalanceamento das carteiras no final do mês e do trimestre, voltamos a uma dinâmica negativa", afirmou o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, em comentários a clientes.
Ele avalia que houve avanços significativos em alguns pilares de sustentação para os mercados, como nível de preço, atuação dos BCs e pacotes fiscais, mas que ainda é necessária uma melhor visibilidade sobre quando países ocidentais irão 'achatar' a curva de contágio.
"Enquanto não tivermos uma visibilidade destes pontos, não teremos certeza do tamanho da quarentena e dos impactos econômicos de toda esta situação."
Em março, o Ibovespa acumulou queda de 29,90%, maior declínio percentual mensal desde agosto de 1998, ano marcado pela crise financeira russa, o que fez o Ibovespa acumular queda de 36,86% no ano, pior resultado de trimestre calendário desde pelo menos 1994.