Ibovespa fecha em alta com Gerdau entre os destaques de olho nos EUA

Publicado 10.02.2025, 18:02
Atualizado 10.02.2025, 21:25
© Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, tendo as ações da Gerdau entre os maiores ganhos, com analistas avaliando os reflexos de potenciais tarifas sobre o aço prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,76%, a 125.571,81 pontos, tendo marcado 124.619,4 pontos na mínima e 126.386,31 pontos na máxima da sessão. O volume financeiro somou R$17,3 bilhões.

Na visão do analista de investimentos Alison Correia, cofundador da Dom Investimentos, a bolsa teve uma sessão de correção do mau humor que tomou conta no pregão no final da sexta-feira, quando o Ibovespa fechou em queda de 1,27%.

Ele chamou a atenção para as novas ameaças tarifárias de Trump, mas avaliou que o mercado parece ter optado por adotar uma postura de esperar para ver, embora Gerdau tenha se destacado uma vez que pode se beneficiar das medidas se confirmadas.

No domingo, Trump prometeu anunciar nesta segunda-feira tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio para os EUA, que se somariam às tarifas existentes sobre metais, em outra escalada de sua revisão da política comercial do país.

Até o fechamento da bolsa, porém, não houve qualquer anúncio ou decreto envolvendo o tema.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo vai aguardar a eventual oficialização de novas medidas de Trump para posteriormente se manifestar. Ele negou notícia sobre taxação de empresas de tecnologia em retaliação.

DESTAQUES

- GERDAU PN (BVMF:GGBR4) avançou 5,21%, uma vez que pode se beneficiar da medida sinalizada por Trump para aço, pois tem parte relevante das suas operações nos EUA. No setor, CSN ON (BVMF:CSNA3) subiu 1,45% e USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) fechou em alta de 2,14%. Ainda no radar, Anfavea divulgou que as vendas de veículos cresceram 6% em janeiro ante o mesmo período de 2024 e a produção teve avanço de 15,1% na mesma comparação.

- COGNA ON (BVMF:COGN3) subiu 5,92%, ajudada por relatório de analistas do Santander elevando a recomendação para as ações para "outperform", citando entre os argumentos que o grupo de educação deve mostrar momentum forte nos resultados nas próximas temporadas de resultados. No setor, equipe do Santander destacou, contudo, que a sua principal escolha continua sendo YDUQS ON (BVMF:YDUQ3), que fechou em alta de 3,62%.

- SÃO MARTINHO ON encerrou em queda de 1,29%, abandonando os ganhos da abertura, em meio à análise da queda de 25% no lucro no terceiro trimestre da safra 2024/25, mas avanço de 50,4% no Ebitda ajustado, a R$1,06 bilhão. O CFO disse que o grupo, um dos maiores na produção de açúcar e etanol do Brasil, indicou nesta segunda-feira que está otimista com a sua próxima safra de cana-de-açúcar (2025/26), a partir de abril.

- BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT caiu 1,77%, após trocar de sinal algumas vezes durante o dia, tendo no radar resultado do último trimestre, que mostrou lucro líquido ajustado recorde de R$3,276 bilhões, mas um pouco abaixo das previsões no mercado. Analistas, porém, consideraram os números sólidos, enquanto executivos do banco esperam continuidade da expansão do ROAE neste ano, mesmo enxergando um cenário macro mais difícil.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 1,09% e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) apurou variação positiva de 0,08%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) caiu 0,98%. Os três já reportaram seus resultados trimestrais. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3), que ainda não divulgou o balanço do quarto trimestre e de 2024, encerrou com acréscimo de 0,14%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subiu 0,68%, favorecida pelo avanço dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou com elevação de 1,62%, a US$75,87.

© Reuters. Tela de cotações da B3 em São Paulo
05/08/2024
REUTERS/Carla Carniel

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançou 1,04%, endossada pela alta dos contratos futuros de minério de ferro na China, em meio a sinais de recuperação da demanda naquele país e pela redução dos embarques dos principais fornecedores. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 0,79%, a 826,5 iuanes (US$113,16) a tonelada, o maior valor desde 10 de dezembro de 2024.

- AUTOMOB ON saltou 16%, em dia de recuperação, após quatro quedas seguidas, período em que acumulou um declínio de quase 22%. Na última sexta-feira, a ação fechou a R$0,25, menor preço desde que começou a ser negociada na bolsa em meados de dezembro. Na máxima intradia desde a sua listagem, o papel chegou a R$0,91.

(Por Paula Arend Laier)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.