🧐 ProPicks IA de Outubro está agora atualizada! Veja a lista completa de açõesAções escolhidas por IA

Ibovespa fecha em alta após dado dos EUA e termina setembro no azul

Publicado 29.09.2023, 17:13
© Reuters. REUTERS/Amanda Perobelli
IBOV
-
VALE3
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, com Vale respondendo pela principal contribuição positiva, enquanto dados de inflação dos Estados Unidos trouxeram algum alívio em um momento de preocupação com a possibilidade de juros mais altos por mais tempo na maior economia do mundo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 116.565,17 pontos, acumulando um ganho de 0,48% na semana.

O volume financeiro nesta sexta-feira somou 20 bilhões de reais, mais uma vez abaixo da média do ano (25,3 bilhões de reais), o que foi uma marca em setembro, com a média até o momento da ordem de 22,5 bilhões de reais.

Na máxima do pregão mais cedo, o Ibovespa chegou a 116.899,02 pontos, reagindo a dados de inflação norte-americana que mostraram arrefecimento de uma das medidas.

O índice PCE subiu 0,4% em agosto, após alta de 0,2% em julho, mas o núcleo aumentou 0,1%, desaceleração frente ao avanço de 0,2% registrado no mês anterior. Nos 12 meses, a alta no índice cheio passou de 3,4% para 3,5%, mas o aumento no núcleo passou de 4,3% para 3,9%.

Na visão do economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, a leitura do núcleo pode ser interpretada como pressão menor para o Federal Reserve continuar a subir os juros. Mas ele ponderou que os dados que acompanharam a divulgação do PCE reforçam a percepção de que a atividade permanece resistente nos EUA.

"A vida continua difícil para as autoridades monetárias e os dados de agosto serão fundamentais para definir os próximos passos do ciclo de juros e em particular para a decisão do encontro do Fomc em setembro", afirmou.

Em Nova York, após avançar na primeira etapa do dia, o S&P 500 fechou em baixa de 0,27%.

No mercado de dívida, contudo, os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano terminaram a sessão com sinal negativo, o que endossou o alívio na curva de juros brasileira, apoiando a alta de 1,37% do índice do setor de consumo e de 1,78% do índice do setor imobiliário.

Em setembro, o Ibovespa acumulou uma variação positiva de 0,71%

De acordo com o gestor de renda variável da Western Asset Naio Ino, esse resultado pode passar a impressão de que foi um mês tranquilo, mas quando se observa os componentes do Ibovespa é possível identificar que nomes mais ligados a commodities tiveram uma performance bem positiva.

Vale, por exemplo, que tem o maior peso no Ibovespa, acumulou valorização de 3,84%. Petrobras PN (BVMF:PETR4), que também detém uma das maiores participações na carteira, avançou 8,45%.

"Mas quando se foca em nomes mais ligados à economia doméstica, sensíveis a juros, a história foi bem diferente", afirmou, avaliando que tal movimento refletiu o comportamento da curva de juros no Brasil que, por sua vez, foi afetado pela alta nos rendimentos dos Treasuries, além de questões fiscais.

Apesar da alta, o terceiro trimestre teve um desempenho negativo do Ibovespa, com queda de 1,29%. No ano, porém, ainda sobe 6,23%.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) valorizou-se 1,32%, a 67,58 reais, buscando manter o fôlego da véspera, conforme a China entra em um feriado de uma semana.

- CASAS BAHIA ON subiu 6,78%, a 0,63 real, buscando suporte no alívio das taxas dos DIs para se recuperar após renovar mínimas históricas na semana. MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) avançou 3,41%, a 2,12 reais.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) caiu 0,97%, a 47,18 reais, em meio a ajustes após forte valorização na véspera. ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) cedeu 0,15%, a 27,21 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subiu 0,35%, a 14,30 reais.

- PETROBRAS PN avançou 0,55%, a 34,64 reais, renovando máxima histórica de fechamento, mesmo em dia de fraqueza nos preços do petróleo no exterior, com o Brent encerrando a sessão com variação negativa de 0,07%. No setor, PRIO ON perdeu 0,42%, a 47,04 reais

- CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON caiu 3,02%, a 2,57 reais, em dia de correção após quatro altas consecutivas, período em que acumulou um ganho de mais de 17%. Apenas na véspera, a ação subiu mais de 7%.

© Reuters. REUTERS/Amanda Perobelli

- CPFL (BVMF:CPFE3) ENERGIA ON caiu 1,61%, a 33,61 reais, com outros papéis de elétricas também na coluna negativa do Ibovespa, o que fez o índice do setor terminar o dia com acréscimo de apenas 0,11%, mesmo com ELETROBRAS ON (BVMF:ELET3) avançando 1,65%, a 36,89 reais.

- SABESP ON (BVMF:SBSP3) subiu 2,99%, a 61,03 reais, tendo como pano de fundo relatório do Bank of America (NYSE:BAC), no qual os analistas reiteraram recomendação de "compra" e elevaram o preço-alvo das ações de 64 para 76 reais, enquanto afirmaram que veem os papéis com a maior assimetria positiva do setor.

(Edição de Patrícia Vilas Boas)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.