Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, perto dos 101 mil pontos e em uma semana marcada pelas eleições nos Estados Unidos e nova bateria de balanços corporativos no Brasil.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,15%, a 100.905,13 pontos, de acordo com dados preliminares, o que resultou em uma alta de 7,4% na semana.
O volume financeiro na bolsa paulista nesta sexta-feira alcançava 22,8 bilhões de reais, antes do ajuste de fechamento.
No pior momento, o Ibovespa chegou a 99.937,04 pontos, reflexo de movimentos de realização de lucros após três sessões de alta, mas as vendas perderam força e o índice cheogu a superar 101 mil pontos.
A movimentação na B3 (SA:B3SA3) acompanhou em Wall Street, com o S&P 500 em leve alta, após um rali desde o começo da semana, conforme o democrata Joe Biden se consolidava à frente na disputa pela Casa Branca.
As bolsas, contudo, fecharam para o fim de semana sem um desfecho para a corrida presidencial, com a apuração dos votos - que começou no último dia 3 - ainda em andamento em Estados considerados cruciais.
No Brasil, a aceleração do IPCA em outubro para a maior taxa para o mês em 18 anos repercutiu nos negócios, mas o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmou que está "supertranquilo" com inflação.
À Reuters, o Florian Bartunek, sócio-fundador da Constellation Asset, afirmou que embora não exista uma "preocupação enorme com a inflação agora", é uma variável que deve ser monitorada, principalmente com o fiscal deteriorado.
"Se o mercado começar a ter a percepção que a inflação é um problema, isso afeta o juro longo... e quanto mais alto o juro longo menos interessante fica a bolsa", citou.
A temporada de balanços também fez preço no último pregão da semana, com Iguatemi (SA:IGTA3) ON subindo 5%, entre as maiores altas, após lucro de 61,6 milhões de reais no terceiro trimestre e percepção de retomada nas vendas.
Lojas Renner (SA:LREN3) ON, por sua vez, caiu 2%, entre os destaques de baixa, após prejuízo no terceiro trimestre, com forte queda de receitas devido a limitações de funcionamento em boa parte da rede por causa da pandemia.
(Edição de Aluísio Alves)