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Ibovespa recua sem trégua em temor sobre inflação nos EUA, tem pior semana desde julho

Publicado 14.10.2022, 17:04
© Reuters
IBOV
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, após piora nas expectativas para a inflação nos Estados Unidos endossarem preocupações sobre os próximos passos do Federal Reserve e o risco de uma recessão na maior economia do mundo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,95%, a 112.072,34 pontos, encerrando a semana com declínio acumulado de 3,7% - com a pequena melhora no ajuste final levando à maior queda semanal em três meses.

O volume financeiro no pregão desta sexta-feira somou 25 bilhões de reais.

Nos EUA, pesquisa da Universidade de Michigan mostrou melhora na confiança do consumidor em outubro, mas também aumento no prognóstico para inflação em um ano - de 4,7% para 5,1% - e cinco anos - de 2,7% a 2,9%.

Um dia após Wall Street relevar a alta acima do esperado do índice de preços ao consumidor dos EUA, o S&P 500 caiu 2,37%, a 3.583,07 pontos, nesta sexta-feira, quando também refletiu a repercussão de balanços de bancos.

Para Naio Ino, gestor de renda variável da Western Asset, o foco segue na inflação norte-americana, e a temporada de balanços de empresas nos EUA que está começando será importante para mostrar o seu efeito nos resultados e nas perspectivas.

Citando os números divulgados por JPMorgan (NYSE:JPM), Citi, Morgan Stanley (NYSE:MS) e Wells Fargo (NYSE:WFC) pela manhã, ele avaliou que o mais relevante foi o tom para os próximos trimestres, mais cauteloso, com aumento de provisão e preocupação com o risco de recessão.

Ele observou que, no mercado brasileiro, a eleição presidencial também está sob os holofotes, mas ressaltou que "o que está acontecendo lá fora segue sendo bem relevante".

Investidores estão preocupados sobre a necessidade de o Federal Reserve precisar acelerar ou manter por mais tempo a sua política monetária restritiva, de modo que leve a uma recessão da economia norte-americana.

No contexto doméstico, uma nova pesquisa do instituto Datafolha é aguarda para esta sexta-feira, assim como o primeiro debate da campanha do segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) no domingo.

De acordo com o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, permanecem incertezas no cenário político, sem um desfecho claro sobre o resultado das urnas no próximo dia 30.

Análise técnica da equipe do Itaú BBA avalia que o Ibovespa tem como próximos suportes os 109.700 e 106.200 pontos, patamar que sustenta a tendência de alta no curto prazo.

DESTAQUES

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) caiu 11,18%, a 4,37 reais, com o setor de varejo mais uma vez mostrando fraqueza, diante dos potenciais efeitos esperados no consumo com a perspectiva de política monetária ainda restritiva no Brasil. AMERICANAS ON cedeu 8,45% e VIA ON declinou 7,12%.

- CSN ON (BVMF:CSNA3) perdeu 5,92%, a 12,87 reais, com ações de siderurgia e mineração na coluna negativa do Ibovespa, incluindo VALE ON (BVMF:VALE3), que fechou em baixa de 3,26%. Analistas do Bradesco BBI afirmaram que os resultados do terceiro trimestre do setor na América Latina devem ser afetados por preços mais fracos e custos mais elevados.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuou 1,53%, a 33,42 reais, em dia de queda do petróleo no exterior, com o Brent cedendo 3,1%, para 91,63 dólares, com os temores de recessão global e a fraca demanda pela commodity, superando o apoio de um grande corte na meta de oferta da Opep+.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) terminou com acréscimo de 0,03%, a 28,65 reais, sofrendo com a pressão vendedora na bolsa paulista, após subir a 29,17 reais na máxima da sessão, em alta de 1,85%. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) não resistiu e encerrou em baixa de 0,66%, assim como SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11), que caiu 0,17%, mesmo após aprovar 1,7 bilhão de reais em dividendos e juros sobre capital próprio.

- KLABIN UNIT (BVMF:KLBN11) encerrou com variação positiva de 0,05%, a 19,64 reais, distante da máxima da sessão, quando bateu 20,12 reais, também afetada com o viés negativo no pregão, enquanto SUZANO (BVMF:SUZB3) ON ficou estável, a 47,79 reais, após avançar a 49,10 reais. Analistas do Bradesco BBI preveem resultados fortes do setor de papel e celulose na América Latina no terceiro trimestre.

© Reuters. Pessoa observa telão com variações durante pregão na Bovespa, em São Paulo
09/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker

- ENGIE BRASIL ON (BVMF:EGIE3) valorizou-se 0,24%, a 38,37 reais, ajudada por relatório do JPMorgan elevando a recomendação dos papéis para 'neutra', com preço-alvo de 49 reais, citando o nível de preço das ações. Também entre as poucas altas do Ibovespa no dia, ENERGISA UNIT avançou 1,39% e EDP (BVMF:ENBR3) BRASIL ON subiu 0,09%.

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