Ibovespa renova máximas antes de decisão do Fed e testa 145 mil pontos

Publicado 17.09.2025, 10:11
Atualizado 17.09.2025, 11:42
© Reuters

Por Paula Arend Laire

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, renovando máximas e superando os 145 mil pontos pela primeira vez, faltando poucas horas para o Federal Reserve anunciar sua decisão de política monetária, com as apostas na direção do primeiro corte de juros dos Estados Unidos em nove meses.

Por volta de 11h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,7%, a 145.065,25 pontos, tendo alcançado 145.400,52 pontos no melhor momento, novo topo histórico intradia. O volume financeiro somava R$5,2 bilhões.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do banco central dos EUA divulga sua decisão às 15h (de Brasília), que será acompanhada por projeções econômicas da autoridade monetária e seguida pela coletiva à imprensa do chair do Fed, Jerome Powell, às 15h30.

A expectativa é de que o Fed anuncie o primeiro corte de juros do ano, de 0,25 ponto percentual. A taxa atual está em uma faixa de 4,25% a 4,50%. As atenções estão voltadas principalmente para a fala de Powell e para o gráfico de pontos (dot plot) sobre as previsões para os próximos movimentos.

"Todos os olhos estarão voltados para o "dot plot" mais recente, em busca de clareza sobre o quão agressivamente e com que rapidez os dirigentes do Fed pretendem afrouxar a política monetária", afirmou a analista sênior Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, em relatório a clientes.

Ela não descarta alguma decepção se Powell enfatizar os riscos inflacionários e se o gráfico de pontos sinalizar menos cortes do que os investidores esperam.

No final do dia, o Banco Central do Brasil ocupa as atenções, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão para a Selic, que, conforme previsões no mercado, deve permanecer em 15% ao ano. Assim, o foco também se volta para o comunicado e eventuais sinais sobre os próximos passos.

DESTAQUES

- MAGAZINE LUIZA ON disparava 7,91%, ampliando para mais de 40% a alta acumulada apenas em setembro, com perspectivas envolvendo o corte dos juros nos EUA neste ano e no Brasil no próximo fornecendo algum suporte a papéis de setores cíclicos na bolsa paulista. O papel também figura entre aqueles com maior taxa de aluguel, de 27,13%, conforme relatório da Ágora Investimentos, citando dados próprios e da Economática, com base no pregão da véspera.

- GPA ON avançava 2,65%, em meio a expectativas envolvendo aportes na companhia, após o Pipeline, site de negócios do Valor Econômico, publicar que um grupo de conselheiros, acionistas e interessados tem discutido uma capitalização privada de R$500 milhões no varejista. Conforme a reportagem, de acordo com as discussões atuais, a capitalização será ancorada por um varejista que ainda não está no capital do GPA, ao preço de R$4,50 por ação. Na véspera, fechou a R$4,15.

- EMBRAER ON perdia 1,2%, após metalúrgicos da companhia em São José dos Campos (SP) aprovarem nesta quarta-feira greve por tempo indeterminado, cobrando reajuste salarial de 11%. A companhia afirmou que suas fábricas operam normalmente em todo o Brasil e que as negociações estão em andamento.

- MOTIVA ON recuava 0,75%, tendo no radar relatório do Citi sobre a empresa de infraestrutura de mobilidade com corte na recomendação dos papéis de compra para neutra, enquanto o preço-alvo subiu de R$15,20 para R$15,60. "Ainda vemos um caminho virtuoso de longo prazo para a Motiva, mas o mercado parece já ter antecipado seu potencial de valorização", afirmou o analista Filipe Nielsen.

- BRADESCO PN avançava 2%, em dia positivo para bancos, com ITAÚ UNIBANCO PN em alta de 1,11%, SANTANDER BRASIL UNIT avançando 0,83% e BANCO DO BRASIL ON valorizando-se 0,55%.

- PETROBRAS PN subia 0,44%, em meio a variação modesta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent operava estável.

- VALE ON recuava 0,28%, também tendo como pano de fundo fraqueza dos preços do minério de ferro na China, com aumento dos embarques do Brasil e perspectiva cautelosa para a demanda por aço. O contrato futuro mais negociado em Dalian recuou 0,12%.

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