Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza nesta sexta-feira, diante da falta de tendência clara no exterior e persistente desconforto com a cena fiscal brasileira, enquanto Magazine Luiza era destaque positivo após aprovar proposta de desdobramento de ações.
Às 11:26, o Ibovespa caía 0,36 %, a 99.735,17 pontos. O volume financeiro era de 6,1 bilhões de reais.
Apesar do declínio, o Ibovespa caminhava para um resultado semanal positivo, após duas semanas de queda.
Em Wall Street, o Nasdaq Composite abriu em alta, mas perdia o fôlego, enquanto o S&P 500 não mostrava direção definida, em sessão marcada pelo vencimento quádruplo de contratos de opções e futuros em Nova York.
"No cenário doméstico, sem um norte no exterior e em meio à cautela com o cenário fiscal no Brasil, pode haver pouco espaço para uma sexta-feira positiva", observou a equipe da Ágora Investimentos em relatório a clientes.
DESTAQUES
- ITAÚ UNIBANCO PN perdia 1,48% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) recuava 1,6%, pesando no Ibovespa, uma vez que o setor continua pressionado por preocupações sobre o ritmo da atividade econômica no país.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) caíam 1,08% e 1,65%, respectivamente, após forte valorização na véspera e tendo de pano de fundo variações comedidas dos preços do petróleo no mercado externo, onde o Brent subia 0,16%.
- VALE ON (SA:VALE3) subia 0,71%, respondendo por relevante contribuição positiva para o Ibovespa, mas o setor de mineração e siderurgia mostrava desempenho misto, com USIMINAS PNA (SA:USIM5) em baixa de 1,05%, enquanto GERDAU PN (SA:GGBR4) e CSN ON (SA:CSNA3) mostravam sinal positivo.
- CIELO ON (SA:CIEL3) recuava 4,39%, entre as maiores quedas do Ibovespa, enquanto suas rivais, PAGSEGURO (NYSE:PAGS) e StoneCo (NASDAQ:STNE), que têm ações negociadas em Nova York, tinham acréscimo de 0,43% e queda de 1,97%, respectivamente.
- MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) valorizava-se 2,11%, após o conselho de administração aprovar o desdobramento das atuais 1.624.731.712 ações da companhia na proporção de 1 por 4 papéis. A proposta precisa ser aprovada por acionistas.