Ibovespa oscila sem direção única com agenda cheia antes de feriado

Publicado 18.06.2025, 11:48
Atualizado 18.06.2025, 11:50
© Reuters. Painel eletrônico mostra cotações na B3, em São Paulon05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não firmava uma direção clara nesta quarta-feira, véspera de feriado e marcada pelos vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, além de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, enquanto o conflito entre Israel e Irã permanece no radar.

Por volta de 11h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,15%, a 138.628,04 pontos, tendo até o momento marcado 138.443,11 pontos na mínima e 139.043,36 pontos na máxima. O volume financeiro somava R$3,6 bilhões.

Da cena externa, conforme destacou a equipe da XP (BVMF:XPBR31), os mercados estão focados no Federal Reserve, que deve concluir reunião de política monetária, com previsão de que a taxa de juros permaneça na faixa de 4,25% a 4,50%. O foco estará voltado principalmente para a fala do chair, Jerome Powell.

A decisão será conhecida às 15h (horário de Brasília) e será acompanhada de projeções econômicas e para a taxa de juros das autoridades do Fed. Powell fala a partir de 15h30.

O Oriente Médio também continua ocupando as atenções, após o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, rejeitar pedido de rendição incondicional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As Forças Armadas de Israel disseram que 50 jatos israelenses atingiram cerca de 20 alvos em Teerã à noite.

No Brasil, o Banco Central anuncia sua decisão sobre a Selic após o fechamento e não há consenso no mercado -- se uma alta de 0,25 ponto percentual ou estabilidade dos atuais 14,75% ao ano.

"Acreditamos que a taxa Selic permanecerá em 14,75% na reunião desta semana, embora reconheçamos que será uma decisão difícil. Se houver um aumento da taxa de juros, provavelmente será o último deste ciclo de aperto", afirmou a XP, em relatório enviado a clientes mais cedo.

"No entanto, o desafio da política monetária permanece. Mantemos o cenário de taxas de juros altas por mais tempo. Em nossa opinião, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) iniciará um ciclo de flexibilização gradual no segundo trimestre de 2026", acrescentou.

DESTAQUES

- COGNA ON (BVMF:COGN3) perdia 2,02%, acompanhada pela rival YDUQS ON (BVMF:YDUQ3), que cedia 1,34%. Analistas do UBS BB elevaram preço-alvo das ações da Yduqs de R$19 para R$21 e reiteraram recomendação de compra, destacando que a nova regulamentação para cursos de ensino à distância reduz significativamente riscos no setor e que o impacto sobre a receita pode ser mitigado. Mas ponderaram que os efeitos sobre a margem podem ser mais difíceis de compensar totalmente.

- MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) recuava 1,35% após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidir adiar uma assembleia geral extraordinária prevista para esta quarta-feira que deveria deliberar sobre a fusão entre a companhia e a BRF, em meio a um pedido de mais informações sobre a transação. BRF ON (BVMF:BRFS3) caía 0,2%, tendo também de pano de fundo anúncio de que a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, reduziu sua participação na empresa para 4,93%.

- EMBRAER ON (BVMF:EMBR3) avançava 3,95%, após anunciar que recebeu um pedido firme da SkyWest Airlines (NASDAQ:SKYW) para 60 aeronaves E175, em uma encomenda avaliada em US$3,6 bilhões, que inclui direitos de compra que envolvem 50 jatos adicionais. Também divulgou que a Lituânia escolheu o C-390 Millennium como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país. Ainda, a sua controlada Eve anunciou assinatura de carta de intenção com a norte-americana Future Flight Global para uma encomenda de até 54 unidades do veículo.

- RD (BVMF:RADL3) SAÚDE ON valorizava-se 1,42%, endossada por relatório do Bradesco BBI, que elevou a recomendação dos papéis a "outperform". "Após uma grande decepção no primeiro trimestre de 2025, percebemos que os investidores ainda estão receosos quanto à tendência de lucros de curto prazo da RD. Acreditamos, no entanto, que o pior já ficou para trás e que bases de comparação mais fáceis devem sustentar nossa visão positiva para uma recuperação dos lucros em 2026", afirmaram os analistas.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) recuava 0,46%, em sessão mais fraca para os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) em queda de 0,71% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) caindo 0,76%. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) cedia 0,27%, tendo ainda como pano de fundo relatório do JPMorgan (NYSE:JPM) cortando o preço-alvo das ações de R$31 para R$28, com os analistas reiterando recomendação neutra, enquanto esperam mais visibilidade após o resultado do segundo trimestre.

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançava 0,53%, mesmo com a queda dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas em baixa de 0,5%, a 695,5 iuanes (US$96,79) a tonelada.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) valorizava-se 0,3%, apesar da queda do petróleo no exterior, onde o barril do Brent, usado como referência pela estatal, cedia 0,68%, a US$75,93.

- VIVARA ON subia 0,68%, ajudada por relatório do Itaú BBA, no qual os analistas afirmaram acreditar que a rede de joalheria pode se destacar positivamente na próxima temporada de resultados. Eles têm recomendação "outperform" para os papéis.

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