SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa reverteu e chegou a recuar 1% na tarde desta quinta-feira, com ações de frigoríficos e petrolíferas entre as maiores quedas, em pregão contaminado pelo viés menos favorável a ativos de risco no exterior,
No radar, estão declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, de que o banco central norte-americano está "fortemente comprometido" em controlar a inflação, bem como decisão do Banco Central Europeu de elevou a taxa de juros em magnitude recorde de 0,75 ponto percentual.
Às 14:06, o Ibovespa caía 0,46%, a 109.262,06 pontos. No pior momento, alcançou 108.618,97 pontos. Na máxima, mais cedo, subiu a 110.767,67 pontos. O volume financeiro somava 13,7 bilhões de reais.
Em Wall Street, o S&P 500 cedia 0,13%, o Nasdaq Composite perdia 0,39% e o Dow Jones recuava 0,11%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano de curto prazo, por sua vez, avançavam, pesando no apetite a risco.
Entre as maiores quedas do Ibovespa, estavam as ações de JBS (BVMF:JBSS3), Minerva (BVMF:BEEF3) e Marfrig (BVMF:MRFG3), após a divulgação de relatório apontando queda nas importações chinesas de cortes bovinos e suínos, conforme análise de representante do governo dos Estados Unidos para o próximo ano.
Petrobras PN (BVMF:PETR4) também pesava no Ibovespa, com declínio de 1,37%, assim como outras petrolíferas como 3R Petroleum (BVMF:RRRP3) e PRIO, que cediam 4,99% e 3,59%, respectivamente, apesar da alta do petróleo no exterior.
Na ponta positiva, Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) avançava 3,75%, após forte queda na terça-feira, assim como MRV (BVMF:MRVE3), que subia 4,05%. Também entre as maiores altas estava IRB Brasil (BVMF:IRBR3), com ganho de 3,36%, após oito sessões de queda.
(Por Paula Arend Laier)